Globo não cumpre promessa e interferência externa leva Fran ao paredão
Ao receber um grupo de 18 jornalistas uma semana antes da estreia do "BBB15", o apresentador Pedro Bial prometeu um "confinamento quase monástico", sem interferências externas, capazes de ajudar os participantes.
A promessa não durou muito. A desistência do bailarino Rogério a dois dias da estreia levou a Globo a convocar o teólogo Marco para substituí-lo. O anúncio foi feito por Tadeu Schmidt no "Fantástico" (18).
O problema é que Marco não estava confinado, como os demais selecionados, em um hotel no Rio. Em sua casa, ele acompanhou toda a promoção feita pela emissora para divulgar o programa, incluindo os vídeos em que os futuros participantes se apresentavam.
"Vou fazer aliados, mas depois queimar todo mundo", diz Francieli, em tom de bravata, no seu vídeo. A frase impressionou todo mundo que viu as chamadas, inclusive Marco. Dias depois de entrar na casa, o teólogo revelou a alguns colegas o teor da declaração de Fran.
Dois participantes, Adrilles e o próprio Marco, fizeram referência explícita ao fato no momento de indicarem Fran ao paredão. "Esse voto é composto um pouco por informação que eu tinha fora da casa", disse o teólogo. Acredito que outros votos recebidos pela moça também tiveram origem neste incidente. No total, ela recebeu seis votos e vai disputar a primeira eliminação com Douglas.
Se a Globo, de fato, tivesse a intenção de promover um confinamento quase monástico, bastava não ter chamado ninguém para o lugar do desistente Rogério. Ou, então, deveria deixar alguns eventuais substitutos também confinados na semana anterior ao início do programa.
Mesmo que Fran supere Douglas e continue no programa, este episódio vai marcá-la pelo resto do "BBB". Não importa o que faça ou diga, será sempre olhada com desconfiança por quem está a par da sua bravata.
A promessa de um "BBB" sem interferência externa não durou nem uma semana. Uma pena.
Mauricio Stycer
É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.