Paredão "adolescente" levanta o público e sacode a poeira do "BBB15"

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

Depois de 30 dias, finalmente, o "BBB15" empolgou o público. E foi justamente a "subtrama adolescente pueril", como definiu Adrilles, que mexeu com a imaginação dos espectadores. A história de ódio entre duas mulheres, uma (Amanda) rejeitada e a outra (Aline) acolhida por Fernando, chegou ao fim da melhor maneira possível para o programa, ou seja, com uma votação recorde. 

Seguindo a regra de que "o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde", o apresentador Pedro Bial informou, pela primeira vez nesta edição, o número de votos no paredão. Abriu o programa dizendo que a votação já havia passado de 44 milhões e, ao final, afirmou que o total foi de 54,6 milhões de votos.
 
Fato inédito em um paredão triplo, já na abertura Bial informou ao público e aos participantes que Mariza, a terceira competidora, estava salva da disputa. Ainda que isso fosse óbvio para quem está aqui fora, não era para os confinados. 
 
Ou seja, o apresentador presenteou quem está dentro da casa com informação externa, o que contraria o princípio do reality show de confinamento. 
 
No mais, foi um programa caprichado, à altura da disputa entre Amanda e Aline, vencida ao final pela primeira. Mr. Edição produziu quatro bons VTs para o público.
 
No primeiro, "Balada dos loucos", tratou com humor da relação de Mariza e Adrilles. No segundo, riu de Cézar, mostrando o "show" que faz. Fernando e Aline foram apresentados como "jogadores por natureza" e Amanda, Angélica e Tamires como "inseparáveis (só que não)".
 
Diante dos "brothers", Bial criou uma situação constrangedora ao pedir que Fernando simulasse como seria a sua despedida de Aline e, depois, de Amanda. À primeira, ele deu um beijo. À segunda, estendeu a mão e disse: "Foi um prazer."
 
"BBB é jogo de consequências", disse o apresentador ao anunciar a eliminação de Aline, com 53% dos votos. Resta ver se a decisão do público vai manter o jogo tão empolgante quanto foi a disputa desta semana.

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.

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