Chico Barney: A rejeição de Fernando era a melhor arma de Amanda
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Divulgação/TV Globo
Quando a rejeitada virou a amante, a maré virou para Amanda
Amanda perdeu o "BBB15" quando Fernando finalmente disse sim.
Até ali, ela vinha construindo com certa primazia a história da triste garota apaixonada que era tristemente rejeitada pelo homem que jurou amar.
E havia sofrido bullying por parte de seu interesse romântico e da namorada de seu interesse romântico. Era mal falada com alguma frequência, excluída, ridicularizada.
Fica mais grave quando lembramos que ela chegou a ter indícios de que estava no caminho certo. Aline, namorada de Fernando e sua principal inimiga na casa, foi eliminada logo na primeira vez que botou a cara no sol.
"Os humilhados serão exaltados" – pode parecer uma promessa bíblica, mas é só o modus operandi do público do "Big Brother Brasil".
Mesmo com o caminho livre para o abate, Fernando continuou durante algum tempo mantendo uma distância regulamentar de Amanda. Como naquele clássico do cancioneiro popular, o Lex Luthor carioca repetia: "Vou não, posso não, quero não, minha mulher não deixa não".
Se teve alguma coisa que pudemos aprender com Maria Melilo foi que nada pode ser mais popular neste país do que uma mulher em apuros sentimentais.
Faltou avisar o Fernando. Ele não só humilhou sua namorada Aline em rede nacional ao engatar outro romance na casa, como também impediu que sua nova paixão ganhasse R$ 1,5 milhão. Se relacionar com o rapaz dá mais prejuízo do que investir na Petrobrás.
Quando a rejeitada virou a amante, a maré virou para Amanda. O Brasil ama os excluídos na mesma intensidade que detona os infiéis.
Talvez os amigos e familiares de Amanda até tenham ficado frustrados com essa situação, mas ela parece terrivelmente resignada. Entrou no "BBB" como se fosse a última chance de conhecer um cara legal. Acabou não encontrando alguém com esse perfil, é bem verdade. Mas demonstra muita satisfação com Fernando.
Como num conto de fadas sem roteiro, Amanda beijou R$ 1,5 milhão que virou sapo. Por mim, tudo bem. Que vivam felizes para sempre.
Chico Barney
Entusiasta e divulgador da cultura muito popular. Escreve sobre os intrigantes fenômenos da TV e da internet desde 2002.