Independente, Cézar combina boa visão de jogo com marketing do caubói
A votação para o terceiro paredão do "BBB15" estava empatada. Luan recebeu cinco votos e Marco outros cinco. O apresentador Pedro Bial deixou para chamar Cézar por último. E o paranaense não decepcionou: "No voto sigo meu coração, sigo com independência, imparcialidade. Não tô em grupo. Meu voto vai na Aline".
Com poucas palavras, o "brother" conseguiu deixar claro três coisas. Um: de bobo não tem nada. Dois: acompanha atentamente todas as discussões e sabia que a casa está dividida. Três: não quer se comprometer com nenhum dos dois grupos.
É uma estratégia arriscada internamente, mas que pode chamar a atenção positivamente fora da casa. O público tende a simpatizar com o candidato, que esbanja simpatia com seu jeitão simples e a fala enrolada.
Como todos os participantes, Cézar interpreta um tipo dentro do "BBB15" – no caso, ele é claramente identificado como o caubói do reality. Em pelo menos outras quatro edições já houve um tipo semelhante, vivido por Rodrigo ("BBB2"), Alberto ("BBB7"), André ("BBB9") e Fael ("BBB12").
De origem humilde, nascido numa zona rural no Paraná, Cézar trabalhou na roça, fez muitos sacrifícios, mas conseguiu estudar, se formou em economia e hoje estuda direito.
Pressionado por Pedro Bial, Cézar está tentando conquistar Tamires dentro da casa. Pode ser o passo que falta para se transformar no maior favorito do reality show.
Mauricio Stycer
É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.