Cozzolina tá médium: Angélica 100% de rejeição
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Paulo Belote/Divulgação/TV Globo
Angélica disputa a permanência com Mariza e Luan
Olha, queridos, 100% não digo, mas que hoje Angélica sai com uma taxa de rejeição altíssima é uma certeza.
Angélica é a grande base do que podemos chamar grupo do chorume. É a cabeça – juro, não é um trocadilho intencional – que serve de guia para a as baixarias e escrotidão generalizadas a que temos assistido.
Me esforcei pra enxergar qualidades na participante. Inclusive, inicialmente, estava ansiosa por vê-la no jogo após seu vídeo de apresentação. Gostei do que Angélica disse sobre a escolha de ostentar a careca, dela sambando felizona no buteco, de ser uma trabalhadora, mãe, da periferia. De toda essa feição "Eu moro no Brasil". Era um perfil que me agradava muito antes de conviver diariamente com o que ela tem mostrado ser: alguém extremamente arrogante e manipuladora numa dose que vai além da aceitável em termos de jogo. Alguém que não se mostra capaz de perceber que sinceridade não tem relação direta com uma retórica exageradamente impositiva baseada em agressões pessoais. Comecei a pensar: Nossa, imagina essa mulher ser sua colega de trabalho. Ou sua nora. Ou sua vizinha! Só me vinha uma palavra em mente: inferno.
Bem triste ver pessoas argumentando que o público a rejeita pelo fato de ser negra. Acompanhei a trajetória de Angélica desde o começo, e como dito acima, o vídeo dela sambando no buteco, orgulhosa de ser quem é, corajosa e carecona me despertou uma simpatia despretensiosa, natural e imediata. Mas com o que ela veio demonstrando em termos de convivência humana, compreensão e educação, de longe foram capazes de manter a simpatia gerada pelo perfil que antes havia encarado com admiração.
Independente de questões étnicas, religiosas, de classe social ou de categoria trabalhística: Angélica não desceu. De forma alguma por quaisquer das questões elencadas acima. Não desceu unicamente pela escassez de características humanas que nos despertem algum carinho. Pelo contrário, quando começo ver Angélica falar, me dá vontade de colocar um pé de arruda atrás da orelha.
– DON"T KILL MY GOOD VIBE.
Repito bem alto e internacionalizadamente, afundadinha no sofá frente as aparições da participante (aliás, talvez tenha que repetir essa frase ao encarar de frente outros personagens da trama, porque tá mesmo difícil se entreter assistindo ao "BBB15" sem ter os piores desejos misantropos aflorados).
Confesso que fico penosa, ao ler algumas matérias em que Carmem, mãe da moça, se refere as reação extremadas, e aí sim,preconceituosas do público, ou da sua própria decepção frente ao comportamento da filha.
Também não me vejo feliz em afirmar que Angélica me desapontou rapidamente e em vários sentidos quando traço um paralelo entre a mulher que idealizei como telespectadora e a que se revelou logo a seguir.
Para tudo na vida, até mesmo pros reality shows, a máxima do evite grandes expectativas pra não se decepcionar ainda parece-me válida.
Cozzolina Mendes
Cozzolina Mendes coleciona pinguins de geladeira, ama suco de guaraná e é aficcionada por televisão. Foi editora do semanário Intervalo, e posteriormente seguiu como colunista de revistas como Amiga Tv Tudo, Conte Me Mais e Fofokando com as Estrelas.