Adrilles, um respiro que entretém em meio ao chorume generalizado
Como todos devem ter percebido, aqui não se encontrará imparcialidade. E motivada por uma lastimoso e comovente choro ocorrido na tarde de ontem, me vejo incitada a revelar que dentre os participantes atuais meu preferido ainda é Adrilles. E me justifico, com prazer.
É um dos poucos ainda na casa que me provoca quaisquer risos. Seja nas colocações e perguntas estranhíssimas que levanta nos momentos mais inoportunos. Seja na sua forma polida porém certeira de levantar acusações contra seus adversários.
Adrilles se mostra uma pessoa próxima da realidade, da vida rasteira, cotidiana, daqueles detalhes comuns que gostamos de ver presentes num programa onde grande parte é representação. Não é apenas aquele mocinho com as clássicas características que o compete: boniteza, saradice, namorada ocasional e ou comparsa apagada e perfeita, gestos calculados para agregar a simpatia do público. Também não se apresenta apenas um vilão raso: uma fábrica de calúnias de baixo calão, agressividade, rancor e ofensas desnecessárias para com tudo e todos.
Adrilles é alguém que mostra suas fraquezas e habilidades num nível passível de identificação humana. Ri de si mesmo e dos outros com sensibilidade - pontos inestimáveis a seu favor. E sim, joga como todos os participantes, porém com armas que evitam a construção de teias maquiavélicas ou vitimistas. Diz o que pensa e impõe sua personalidade no jogo. Pensando melhor, até mesmo o termo impor soa meio pesado para classificar o movimento do poeta. Adrilles FLANA pelo jogo, por ali, por aqui, por onde deixarem que passe.
Alguns podem até estranhar o texto meloso de hoje, tendo em vista a força do meu discurso anti #Ferline. Sempre me foi claro que #Apanda e aliados movimentaram mais o jogo, e é isso que gostamos de ver num reality. Ação. Mover ódios é importante. E este papel sempre é comprado por alguém.
Mas também há algo fundamental pro sucesso da fórmula, que faz o programa enquadrar-se na categoria entretenimento: leveza, diversão, algum conteúdo, por mais raso que seja. Acho que Adrilles nos traz esse respiro, nos desperta curiosidade, qualquer fascínio barato. Nos tira da lata de lixo pra qual certos "brothers" insistem em nos empurrar com seus diálogos rasteiros e pobres.
Cozzolina Mendes
Cozzolina Mendes coleciona pinguins de geladeira, ama suco de guaraná e é aficcionada por televisão. Foi editora do semanário Intervalo, e posteriormente seguiu como colunista de revistas como Amiga Tv Tudo, Conte Me Mais e Fofokando com as Estrelas.