"A Fazenda" está morna? Culpa do público

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Crítico do UOL
  • Reprodução

    Com razão, o apresentador Britto Jr. disse que os candidatos ainda confinados precisam "sair da toca"

    Com razão, o apresentador Britto Jr. disse que os candidatos ainda confinados precisam "sair da toca"

Alguém que tenha assistido “A Fazenda” pela primeira vez nesta quinta-feira, 80º dia de confinamento dos peões, deve ter se perguntado: por que esse clima de velório? Realmente, nem parece que o reality está em sua reta final.

Em vez de estar eletrizante, tenso ou animado, o programa parece morno, sem pique, em compasso de espera pelo resultado final.

A razão? Como em outras edições, o público escolheu mandar embora, caprichosamente, quase todos os candidatos mais barulhentos e divertidos.

Lui Mendes, Sylvinho Blau-Blau, Rodrigo Capella, Diego Pombo e Vavá... Qualquer um deles, hoje, estaria nos divertindo mais do que, por exemplo, Robertha, Felipe Folgosi ou Simone (a eliminada da noite).

Meio sem assunto, Britto Jr. vira-se como pode. “Tudo é motivo pra uma encrenquinha”, disse o apresentador sobre uma treta muito sem graça entre Simone e Robertha. “Aqui na Fazenda não é só o galo que canta”, anunciou depois, apresentando um VT sobre a cantoria no confinamento.

Britto mandou muito bem, expondo o esforço de Folgosi de não se comprometer com nada na casa. Irritou-se com a enrolação do ator para responder uma pergunta objetiva: quem ele gostaria de ver fora da fazenda.

Um pouco antes de anunciar a eliminação de Simone, dirigindo-se aos dois peões na roça, o apresentador disse que era hora de “sair da toca”. Deveria ter feito este discurso para todos os confinados. 

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. Conheça seu Blog no UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos