Fantasmas da "Fazenda" só são menos ridículos que os do "Fantástico"

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

Tradição na “Fazenda”, a chamada “noite de terror” é sempre um momento constrangedor em que a produção finge assustar os peões, que fingem sentir medo, com o objetivo de divertir o público. O problema é que o público não parece se divertir.

Este ano, a atividade teve um efeito involuntariamente cômico, porque pareceu uma “homenagem” da Record à Globo, que vem exibindo um quadro que leva a sério os fantasmas, o tal “Phantasmagoria”, do “Fantástico”.

Comparando ambos, sou obrigado a reconhecer que a piada sem graça da “Fazenda” é menos ridícula que a proposta de “investigar os lugares assombrados do Brasil”.

Ainda assim, quem assiste o reality da Record desde o início, já há quase 80 dias, merecia diversão melhor a esta altura do campeonato do que ouvir Britto Jr. gritar “bú!!!” para os peões.

A formação da roça, que colocou Felipe, Simone e Nicole na berlinda teve apenas um momento divertido – a troca de “gentilezas” entre Simone e a ex-panicat, uma acusando a outra de fazer cara feia e falsidade.

Já entediada com as próprias brigas e conflitos no confinamento, Nicole não conseguiu esboçar reação ao ser votada por Viviane, apesar de provocada por Britto: “Ah, já me acostumei com o voto dela. Quando ela não vota (em mim), eu estranho”. Só rindo.

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. Conheça seu Blog no UOL

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