Goste-se ou não, há uma nítida mudança, nesta quinta temporada, na forma de edição da “Fazenda”. Antes narrado de forma cronológica, o programa agora conta com a intervenção cada vez mais marcante do editor, que seleciona o que vai ao ar, orientando a maneira do público enxergar o que se passa.

Em dois momentos nesta terça-feira, dia de votação, o papel do editor foi muito marcante. Primeiro, ao aproveitar um comentário sem maior importância sobre peões que “ficam em cima do muro” e depois ao explorar a ideia de que há maldade nas observações de algumas candidatas.

Um longo vídeo apresentou os três peões nitidamente “em cima do muro”, Felipe Folgosi, Leo Aquila e Simone Sampaio. Com cenas escolhidas de forma caprichada, não restou dúvidas, para quem via, que os três estão abusando do direito de não fazer opções claras no programa.

Pouco depois, um segundo vídeo mostrou o “Trio Veneno”, formado por Gretchen, Viviane Araujo e Shayene Cesário. O público foi, então, brindado com uma escolha excelente de maldades ditas pelas três candidatas.

O problema de intervenções deste tipo da edição é que elas provocam uma dúvida essencial: o que deixou de ser mostrado? Só Felipe, Leo e Simone ficam em cima do muro? Apenas Gretchen, Vivi e Chayene são venenosas? Editar é selecionar, não se esqueça.

Em todo caso, acho que o programa fica mais divertido e provoca mais o público com intervenções deste tipo da edição.

Em tempo: Incomodada com o título deste texto, a Record pede que se registre o seguinte: "Seguimos um critério rigoroso de edição para não favorecer nenhum competidor".