Max Porto: Cézar, seja bem-vindo ao seleto grupo de campeões do "BBB"

Max Porto

Max Porto

Do UOL, em São Paulo
  • Marcello Sá Barretto/AgNews

Chega ao fim mais uma edição do "Big Brother Brasil".

Esta temporada foi prometida como a melhor de todos os tempos e na minha singela e honesta opinião, até foi uma boa edição mas para ser a "melhor" faltou muito.

A aposta de retomar as origens do formato, direcionando o foco diretamente para as características dos perfis de cada participante foi de longe o acerto mais preciso, fora isso, muito do, como sempre digo "mais do mesmo" deixando evidente o desgaste do formato e falta de imaginação por tarde da produção.

Uma edição um tanto quanto óbvia que gerou em certos espectadores o desejo de que terminasse o quanto antes. A última semana do programa se arrastou mergulhada no marasmo.

Combater o tédio é de longe o maior desafio para quem fica confinado por tanto tempo e desta vez, parece que tal sentimento nos foi imposto também.

O "BBB15" não atendeu a imensa expectativa gerada pela Globo, mas conseguiu entregar uma edição minimamente interessante. Fica a esperança para que em 2016 o "Big Brother Brasil" se reinvente e nos surpreenda de fato.
 
Num dos meus primeiros textos aqui, falei sobre Cezar e minha visão a respeito da sua personalidade, desde aquele momento eu já enxergava nele uma possibilidade de vitória como o  "azarão" desta edição. O caubói do "BBB15" possuía características de alguns campeões do  "BBB". Conseguia ver nele um quê de Bambam, Rodrigo caubói, Rafinha, eu e Fael.
 
Bambam - A rejeição da casa, ingenuidade e malícia, fora o fato de conversar com uma figura inanimada.
 
Rodrigo Caubói - A maior zebra, na minha opinião, de todos os tempos! Se manteve discreto dentro da casa por quase toda edição passando despercebido perante seus oponentes.
 
Rafinha - A sua alma de moleque, carisma, um dos campeões mais lúdicos do "BBB".
 
Eu - Analítico, soube avaliar bem seus concorrentes, soube defender bem a sua estratégia de jogo.
 
Fael - Pacato e sereno, julgado como "matuto" mas de bobo não tinha nada.
 
Certa vez, Fernado, dito o jogador da casa, que acabou se perdendo nos seus conflitos sentimentais e amorosos, afirmou que Cézar era o coringa desta edição e de fato foi! Certamente o concorrente mais polêmico.
 
Cézar não jogou dentro, jogou fora! Preocupou-se em "vender" muito bem o seu peixe. De forma estranha, fora do comum, conseguiu se destacar um uma personalidade única, quase caricata de si mesmo, beirando até o ridículo, porém, como em toda aposta, isso poderia prejudicá-lo, mas neste caso, beneficiou.
 
O "BBB" é o cativeiro onde se luta pela cativa do espectador.
 
Com seu carisma peculiar, o nosso campeão conquistou a vitória de forma legítima! Há quem o critique por ter feito um jogo apelativo e sentimentalista, já eu defendo a seguinte realidade: "Cada um que use as armas que tem!", cabe ao público julgar qual delas é a que melhor convém para o momento.
 
Num jogo onde os egos são a receita básica, a rejeição fere vaidades e criticas pesadas surgem, mas contra a vontade do povo não há argumento, a vitória foi dada e é irreversível.
 
Embora eu conheça Amanda, segunda colocada do "BBB15", e sendo ela a melhor amiga "irmã" da minha ex,atual, futura, quem sabe namorada Ariane Cerqueira, optei em torcer por Cézar, pois ele se manteve fiel ao jogo, já Amanda, acabou se perdendo administrando seu "amor" por Fernando. Minha torcida por Cézar, gerou algumas "DRs" entre eu e a Ariane.
 
Cézar, seja bem-vindo ao seleto grupo de campeões do "BBB"
 
Sempre que posso, tento me fazer presente nas festas após a final do "BBB" para confraternizar com os "novatos" e orientá-los dentro da fase mais delicada e difícil de toda esta empreitada, o pós-BBB. Na última terça-feira (7), pude encontrar com a maioria deles.
 
Amanda chegou primeiro, e assim que me viu, imediatamente gritou meu nome, tivemos um breve, determinante e esclarecedora conversa. Logo em seguida, fui ao encontro de Cézar, convidando-o para participar de um quadro que estava gravando para o "Pânico na Band". Assim que ele me reconheceu, imediatamente se emocionou e fez questão de dizer que torceu por mim, que se espelhou no meu jogo e gentilmente me encheu de elogios.
 
Quando pude conversar com ele com um pouco mais de calma, fiz questão de parabenizá-lo num discurso mega particular e dar as boas vindas ao seleto grupo de campeões do "BBB". Disse a ele que naquele momento eu, campeão assim como ele, sabia exatamente cada emoção que ela estava vivendo a partir do anúncio da sua vitória, a angústia antes do resultado e a sensação de deslocamento diante de tamanho feito. Sei exatamente o orgulho que ele pode proporcionar para sua família, amigos e todos aqueles que o amam, então ele, profundamente emocionado se pôs a chorar e eu me segurei para não chorar junto. Cézar se emocionou ainda mais quando mostrei a ele um video que o Rafinha, campeão do "BBB8", me enviou para mostrar ao Cezar, Rafinha vibrando e gritando assim que o Bial disse "Dá a Cézar o que é de Cézar".
 
Mesmo no meio de tanta confusão, conseguimos conversar e me coloquei imediatamente para ajudá-lo no que fosse preciso.
 
Atualmente, somente 15 pessoas sabem perfeitamente como é viver a emoção extrema do triunfo perante a todo Brasil. O sonho de Cézar era ser político mas nunca conseguiu votos suficientes, hoje, sente o orgulho de ter sido eleito o grande irmão do Brasil com milhões de votos!
 
Parabéns, irmão, pela conquista!!!
 
Me despeço aqui de vocês meus fieis leitores e agradeço imensamente a vocês por dedicarem seus tempos vindo aqui obter a minha análise sobre esse jogo apaixonante da vida real.
 
Muito obrigado a toda equipe do UOL responsável pela cobertura do "BBB" e pela oportunidade e confiança!
 
Até a próxima Turma!
 

Max Porto

Campeão do BBB 9, artista plástico, roqueiro, pai da Luna. Atualmente sou gerente de comunicação estratégica da maior rede de casas noturnas do Brasil.

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