Em vários momentos, Aline mostrou inteligência acima da média no contexto do reality. Nos seus diálogos com Pedro Bial, ficou claro que o apresentador encontrou uma candidata à altura, capaz não apenas de entender os seus recados, mas também contestá-lo. 

 

O incômodo de Bial com a situação chamou a atenção até no último programa. Quando o apresentador quis saber da emoção que ela teve ao ver a mãe, Aline não fez nenhum comentário meloso, como seria de se esperar, mas reclamou: "Momento de sadismo". Bial não gostou e replicou: "Sadismo é forte."

 

A "acusação" de que atuava em excesso, fazia drama, mereceu outra resposta à altura, no dia em que foi indicada ao paredão, como escrevi aqui. Foi um golpe inesperado para o apresentador: "Eu vou votar numa pessoa que fala que sou atriz, que estou atuando, mas aqui não tem roteiro, nem diretor. Eu vou votar em você, Bial".

 

Dentro da casa, com mais ou menos habilidade, Aline encarou todos. Cometeu erros a granel, talvez por achar que poderia discutir racionalmente com gente disposta a outras experiências no programa. Foi chata, irritante, perdeu a linha, causou... Deixou uma marca.

 

No discurso de eliminação, Bial foi generoso com ela, ao dizer que todos os candidatos atuam. "Quem não atua?", perguntou, antes de enumerar as manhas e manias de cada um na casa. Ao final, concluiu: "E eu aqui, deitando regra, não tô atuando?" Lógico que está. Só que agora sem a atriz que mostrou capacidade de dialogar no mesmo tom.