Enquanto Cézar lavava louça e Mariza arrumava a cozinha do "BBB15", a sister decidiu tirar algumas dúvidas sobre questões trabalhistas com o estudante de direito. "Vou fazer uma visita ao consultório de advocacia Cézar Lima", começou a professora de artes. "Eu tinha vínculo com duas escolas, por hora aula. Eles vão alegar abandono de emprego, né?", perguntou. O caubói respondeu que o abandono de emprego se configura quando o profissional não comparece durante 30 dias, mas a decisão depende das escolas.

"Isso é ruim pra mim?", indagou a sister e Cézar afirma que não. "Porque sai no jornal, né? Não diz que tem que anunciar no jornal? 'Compareça ao trabalho Mariza Moreira da Silva', não é assim? Como se eu fosse uma vagaba que não estava indo trabalhar. Efetivamente eu não fui, né?", explicou Mariza.

"Mas tem o fundo de garantia", garantiu o brother. A professora explicou que o fundo de garantia dela é pouco, pois estava apenas há três anos em uma escola e dois na outra. Além disso, a sister alegou que tinha poucas horas de aula. "Quer saber? Era uns R$900 em uma e mais ou menos a mesma coisa na outra", declarou.

O caubói lembrou que também existe a opção de pedir Seguro Desemprego. "Seguro desemprego! Cézar Lima, você é muito sabido. Eu posso entrar, né? São 5 ou 6 meses?", questionou a professora. Em seguida ela perguntou se essa opção é válida no caso de abandono de emprego. "Tem que fazer a rescisão, né?", explicou o estudante de direito. "Eu não vou entrar em confronto nenhum, porque eu que estou sem razão, né", afirmou a sister. Cézar explicou como é o processo em caso de abandono de emprego, que deve ser resolvido na delegacia trabalhista e os papeis ficam à disposição mesmo na ausência do funcionário. Segundo o caubói, o que ela teria para receber já deve estar depositado em uma conta judicial.

Para o brother, se as escolas tinham consideração pela professora, elas não devem ter entrado com o processo de abandono de emprego. "Elas têm consideração por mim. Agora, elas tinham. né, porque a partir do momento que eu não avisei... Eu não podia avisar, até porque eu não sabia se vinha, como eu ia avisar? 'ah, talvez...' Aí eu ficava sem o emprego e sem vir pra cá, também não sou burra não... Vai que eu não vinha? Ficava sem emprego e sem vir...", argumentou a sister. O caubói insistiu que existe a possibilidade da sister voltar a trabalhar nas escolas. "Por mim eu volto", garantiu a professora.

Emprego garantido

Em entrevista ao UOL, no início de março, a diretora da escola, Mônica Antunes, garantiu que Mariza poderá voltar a trabalhar como professora de artes no Instituto Capibaribe, em Recife (PE) e que as portas estão abertas para a sister, que já havia manifestado receio de sair do programa desempregada. 

"Ela é um excelente profissional e está de licença porque pediu. Não houve um afastamento e nem demissão. Como o ano letivo começou em fevereiro, tivemos que colocar uma substituta para a disciplina. Quando ela retornar, vamos fazer uma avaliação e ver se existe a possibilidade de uma realocação", explicou.