Na reta final, enquanto muitos procuram se promover às custas dos outros, Fael é o único que se salva

Roberto Shinyashiki

Roberto Shinyashiki

Especial para o UOL
  • TV Globo/Frederico Rozário

    A simplicidade de Fael faz com que a maioria dos participantes do "BBB12" gostem dele

    A simplicidade de Fael faz com que a maioria dos participantes do "BBB12" gostem dele

Dá para se promover sem ficar mal com o público? Nessa fase final do "BBB" ficou muito claro que o jogo está mais pesado, mas um pesado com alguma sutileza. Lógico: todos querem ganhar o grande prêmio e procuram as mais diversas formas para consegui-lo.

Quem tem astúcia para jogar, procura manipular o jogo com a máximo de competência que possui. Vamos analisar alguns deles e ver quem está se saindo melhor.

O Yuri está no limite da sua energia e por isso estoura com frequência. Certamente não quer ficar por baixo e procura machucar principalmente os mais fortes no jogo.

Depois de um tempo, cai na real, lembra o que aconteceu com o Rafa por explodir, começa a chorar e pede desculpas. Não me parece que ele teve algum arrependimento, mas sentiu que precisava fazer alguma coisa para não deixar uma impressão negativa.

O Yuri está no limite da sua energia e por isso estoura com frequência. Certamente não quer ficar por baixo e procura machucar principalmente os mais fortes no jogo.

A Monique jogou pesado na tentativa de conquistar o publico para a eventualidade de ir para o paredão neste domingo (11), com sua historia de sofrimento em Portugal, onde passou fome e teve até que roubar. Muita gente vai sentir pena dela e esquecer o jogo pesado do passado.

A Fabiana já percebeu que apontar os erros dos outros enfraquece a moral deles então, a cada diálogo, ela critica suave mas firmemente a pessoa, para conseguir deixar os mais fortes para baixo. O único problema dessa atitude é que o público começa a vê-la como uma pessoa que está jogando de uma forma pesada. Isso a torna uma personagem mais interessante para a historia, mas perde a admiração do público.

O João Carvalho continua no seu jogo de cuidador dos feridos e conselheiro dos que fazem bobagens. Se não fomentasse tantos conflitos, a estratégia de cuidar seria poderosa. Mas como o publico vê suas artimanhas, ele não consegue o apoio das pessoas.

O Jonas e a Kelly não parecem ter recursos para participar intensamente nesse trabalho de se promover às custas dos outros.

Quem sobra? O Fael. A sua simplicidade faz com ele mostre um interesse genuíno por todos e assim a maioria dos participantes gosta dele. Imagino que se perguntássemos quem eles gostariam que ganhasse, se não fossem eles mesmos, a maioria absoluta iria votar no Fael.

Apesar de parecer que é manipulavel, na hora da cobrança ele consegue reagir bem, como vimos no episódio em que a Fabiana quis mostrar-se uma mulher atraente perguntando se ele estava envolvido com ela. Ele respondeu negativamente e na sequência perguntou se ela estava atraída por ele.

Poucas pessoas agem como o Fael. Infelizmente, na vida a maioria das pessoas procura se promover colocando os outros para baixo, mas isso geralmente só cria uma imagem negativa porque todos percebem essa atitude negativa e procuram sabotar essa pessoa.

O que realmente funciona é ajudar os outros a subirem porque aí todos passam a torcer para o seu sucesso...

PS: Eu leio todos os comentários que o publico escreve em nossas colunas. Na minha, do Mauricio Stycer e da Morango. Esses comentários são super interessantes e têm algumas coisas que me chamam atenção.

A primeira é quando o comentário vem de alguém da turma do participante. É incrivel como ele é contaminado.

Por exemplo, em um post, todo mundo está criticando uma atitude do Yuri e então aparece uma pessoa defendendo o Yuri como se ele fosse um anjo. Alguns dias atrás, uma pessoa postou sobre o comentario: "A senhora é mãe do Yuri? Só pode ser, porque defendê-lo desse jeito".

Comento sobre o Yuri porque é o participante que tem a torcida mais fanática.

A segunda é a personalidade de quem defende ou ataca um determinado participante. A forma de escrever mostra a personalidade do leitor. Por exemplo: quem defendia a Laisa, tinha um texto muito firme e objetivo. Quem defende a Fabiana, geralmente tem um texto mais afetivo.

Gostaria de fazer uma pergunta: vocês observam um padrão comum da torcida do participante?

Roberto Shinyashiki

Médico psiquiatra com doutorado em Administração de Empresas pela FEA-USP, viaja o Brasil e o mundo como palestrante, liderando seminários e atuando como consultor para empresários, políticos e esportistas. É autor de vários best sellers, entre eles “Sucesso É Ser Feliz” e “Problemas? Oba!” e já vendeu mais 6 milhões de livros. Saiba mais no site oficial do Shinyashiki

UOL Cursos Online

Todos os cursos