Bruno de Luca reclama que Multishow esqueceu dele no Rock in Rio

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Do UOL, em SP

Já passava das 23h30 quando, finalmente, Bruno de Luca foi convocado a entrar ao vivo no Multishow, em meio à cobertura do Rock in Rio . Com aquele sorriso que o consagrou, suas primeiras palavras foram: "Até que enfim vocês lembraram de mim". E emendou uma reflexão sobre o excesso de eventos ocorrendo ao mesmo tempo na Cidade do Rock. "No próximo Rock in Rio tem que ter um Multishow 2", sugeriu.

Com mais de uma dezena de repórteres e apresentadores fazendo a cobertura do evento, o Multishow escalou De Luca para acompanhar as atividades do palco Street Dance, onde ocorrem apresentações e um concurso de dança de rua. Ele entrevista participantes, anônimos, que falam da alegria de estar participando do evento. 

No Rock in Rio 2011, quando ainda trabalhava na Globo, ele protagonizou um incidente com o diretor Boninho. Escalado para entrevistar celebridades, De Luca foi visto no meio da área vip, abraçando Ivete Sangalo durante o show da cantora. Levou uma bronca tão dura do diretor que até chorou, segundo relataram testemunhas.

O trabalho no Multishow é o primeiro que faz desde que, no início desta semana, noticiou-se que estava deixando a Globo, depois de 20 anos de contrato com a emissora. Neste sábado ele postou uma imagem no Instagram em que aparece um pedaço de papel com o seu nome e colocou a seguinte legenda: "Meu camarim! #rockinrionomultishow". Piada ou reclamação?

  • Reprodução/Instagram

    Bruno de Luca faz piada com seu camarim na cobertura do Rock in Rio

O evento

A quinta edição brasileira do Rock in Rio começou na sexta e vai até o dia 22 de setembro. Mais de 160 artistas irão se apresentar em cinco espaços diferentes, divididos entre os sete dias de programação. Quase 600 mil pessoas são esperadas durante o festival, com uma média de 85 mil espectadores por dia.

Os principais shows do 2º dia resumidos em um "tuíte"
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A programação deste sábado (14) foi encerrada pelos britânicos do Muse, com seu rock de arena que mistura elementos de música indie, sons progressivos e efeitos de distorção estridentes. Com hits como "Supermassive Black Hole" cantados em coro pelo público, a banda favorita da escritora Stephenie Meyer, dos livros da série "Crepúsculo", conseguiu convencer com um show de alto nível mesmo depois de uma noite repleta de apresentações intensas como a do Thirty Seconds to Mars e de Florence + The Machine.

O segundo dia de Rock in Rio também trouxe opções para roqueiros veteranos, em uma espécie de matinê punk concentrada no Palco Sunset, pelo qual passaram os californianos do The Offspring e Marky Ramone, que revisitou clássicos dos Ramones ao lado do vocalista Michael Graves, ex-Misfits.

Entre os destaques nacionais, o sábado teve apresentações que misturaram rock e política. A Capital Inicial emocionou fãs ao tocar uma música de Charlie Brown Jr. para lembrar as mortes recentes de Champignon e Chorão. Já o Detonautas Roque Clube voltou aos primórdios do rock brasileiro em um show com convidados só tocando covers de Raul Seixas.

Tico Santa Cruz usou uma camiseta onde se lia "Senado Federal, Vergonha Nacional", e Dinho Ouro Preto usou nariz de palhaço e criticou o escândalo recente envolvendo o deputado Natan Donadon, que manteve o cargo apesar de ter sido preso por corrupção.

O primeiro dia do evento teve shows de Maria Rita, Living Colour,  DJ David GuettaIvete Sangalo e Beyoncé, entre outros, e uma homenagem ao cantor Cazuza.

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. Conheça seu Blog no UOL

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