Com uma festa para a sua protagonista, “Mulheres Ricas” terminou da mesma maneira que começou, dez semanas atrás: em clima de completa artificialidade.

O aniversário de Val Marchiori foi tão autêntico e comovente quanto o telefonema que deu, dentro de um jatinho, no primeiro episódio, para o marido: “Neném, encontrei um avião que é a nossa cara”, ela disse, na ocasião.

A loiraça e seu porta-bolsa, Duda, deram o tom do programa. Por motivos que ignoro, Val decidiu encarnar uma vilã de HQ em “Mulheres Ricas”. Transformou-se na maior caricatura de perua já vista na TV – uma doida, desbocada e malévola ricaça, sempre bebendo champanhe e dando ordens para seu afeminado cabeleireiro.

Brunete Fraccaroli foi a escada perfeita para Val. Colecionadora de bonecas Barbie e dona de uma cadelinha que só bebe água Perrier, a decoradora fez o papel algo patético da “amiga feia”. Val divertiu o público apresentando candidatos a namorado para Brunete e rindo dela de todas as formas possíveis.

Lydia Sayeg e Débora Rodrigues foram coadjuvantes na trama. A joalheira ainda divertiu o público com as aventuras de sua filha, Jessica, e suas aulas de tiro. Já a piloto de Fórmula Truck não encontrou seu lugar em “Mulheres Ricas”. Sorte dela, de certa forma.

Por fim, houve Narcisa Tamborindeguy. A socialite carioca tinha potencial para rivalizar com Val, mas não caiu na armadilha. Aproveitou o programa para promover bastante seus livros, além de amigas e conhecidos com diferentes negócios no Rio.

Bastante comentado, “Mulheres Ricas” substituiu o “CQC” com muita competência. Teve, tudo indica, bom resultado comercial e audiência equivalente ao do programa titular. Foi uma boa iniciativa da Band, ainda que mal escalada e dirigida, para preencher a grade em janeiro e fevereiro. Aguardemos a segunda temporada.