O “BBB” já começou com intensidade. Logo de início, a prova de resistência, e cada participante agindo de maneira diversa. De todos, aparentemente duas já mostraram a que vieram:

Laisa, que saiu logo do carro, teve tempo de descansar, criar uma imagem altamente positiva e melhorar a energia para se mostrar ao público no início do programa, pode ao mesmo tempo ter passado uma imagem de fraca?

E Kelly, que mostrou garra e determinação de uma campeã, mas certamente ficou cansada, vai pagar o preço por ter ido bem perto da exaustão?

Certamente o que vamos ver daqui para frente vai ser a Laisa tentando seduzir todo mundo – e sedução não significa somente algo sexual, mas também mostrar que ela é uma pessoa do bem – e a Kelly mostrando força e capacidade de superação.

As duas estratégias podem ser altamente eficazes, e a sequência dos dias vai mostrar quem vai vencer. O importante na vida é ter uma estratégia baseada nas suas competências.

A carpa, o golfinho e o tubarão
Tem um livro chamado a “A Estratégia do Golfinho”, em que os autores Dudley Lynch & Paul L. Kordis escrevem que a maioria das pessoas vai viver baseada em uma destas três estratégias:

A da carpa: aquela pessoa que procura sempre mostrar que é boazinha e que não faz mal para ninguém e assim atinge os seus objetivos;

A do tubarão: aquela pessoa que busca a vitória, sejam quais forem as consequências;

A do golfinho: aquela pessoa que é estrategista, que pensa sempre a respeito de tudo e toma suas decisões de modo consistente.

A carpa vai sempre mostrar que é boazinha e inofensiva, enquanto o tubarão atinge as suas metas passando por cima das pessoas. Tubarões vão esmagando e trucidando seus concorrentes, para não terem ameaças. No curto prazo, as carpas são as primeiras a morrer, mas os tubarões depois de algum tempo também morrem, porque os golfinhos se unem para eliminá-los.

Portanto, no “BBB”, vamos ver as carpas caindo logo de início, e uma luta acirrada acontecendo entre os tubarões e os golfinhos. Quem vai ganhar o programa? Vão ser os golfinhos, que sabem perceber os pontos fracos dos tubarões e de uma forma cooperativa criam condições para vencerem.

Um exemplo na vida prática acontece em um condomínio: o porteiro-carpa, bonzinho, que vai ficar a vida inteira em um subemprego que ninguém quer, e um zelador-tubarão, que faz fofocas e estimula conflitos para criar um ambiente em que ninguém veja as suas falcatruas. Depois de um tempo, aparece um condômino-golfinho, que descobre as encrencas do tubarão e mostra aos demais que está na hora de colocar o tubarão para fora...

Gostei das estratégias da Kelly e da Laisa. Mas vamos acompanhar para ver se elas são mesmo tubarão ou carpa, ou se têm a consistência da mentalidade de um golfinho.

Quem são as carpas, tubarões e golfinhos nessa turma? Será que você topa trabalhar comigo nesse diagnóstico?

Quanto ao João Carvalho, o que vocês acham que aconteceu? Esse não deve ter tido estratégia alguma. Simplesmente deixou que a claustrofobia decidisse por ele. E isso é muito perigoso para quem quer ter metas...