Um dos mais importantes cronistas esportivos do país, e técnico da seleção brasileira em 1969, João Saldanha dizia: “Não quero jogador para ser meu genro, para casar com a minha filha. Quero para jogar no meu time”.

Lembro de Saldanha para fazer um pedido: “Quero que a Laisa continue no 'BBB12'”. Antes que me apedrejem, explico. Há quem assista ao “BBB” para torcer e há quem prefira se divertir.  Faço parte deste segundo grupo.

Não estou preocupado se o candidato é “falso” ou “verdadeiro”, se usa “máscara” ou “é ele mesmo” em cena. Não me incomoda saber se o “brother” ou a “sister” é “traíra”, ou “amigo leal”.

Gosto de quem agita, articula, manipula, trai, mente, namora, dá a cara a tapa, não se importando com nada. Gosto de quem tem coragem de aprontar, sem se preocupar com o dia de amanhã. De quem é politicamente incorreto, de quem expõe os seus preconceitos, fala o que passa pela cabeça e se diverte.

Nesta décima-segunda edição, Laisa é uma destas candidatas. Devo a ela boa parte da minha diversão no programa. Ela aprontou desde o primeiro dia. Logo colocou Mayara contra a parede, perguntando se ela gostava de mulheres. Passou o programa admirando a própria imagem nos espelhos da casa. Fez gato, sapato e mais um pouco de Yuri. Além, é claro, de vários movimentos sob o edredom.

Laisa foi chamada de “Laiso” por Bial, tamanha a sua determinação. Deu broncas, mandou Jonas calar a boca, manipulou o quanto pode, fez o diabo na casa. Eliminá-la assim, faltando ainda tantos dias de jogo, é abrir mão de uma das principais fontes de diversão do programa. Uma pena.

A julgar pelo que dizem as enquetes, a futura médica sairá com uma votação recorde. Rejeição total. Lamento. Só me resta dizer uma coisa: não deixe a Laisa ir embora.