Em Guarapuava, população vota por Cézar em boteco, faculdade e supermercado
Jones Rossi
Do UOL, em Guarapuava
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Jones Rossi/UOL
Na casa da irmã Janete, Cézar tem votos no celular, tablet e notebook
Durante a votação do quarto paredão enfrentado por Cézar Lima no "Big Brother", no dia 24 de março, houve momentos de pânico generalizado na praça de alimentação do supermercado Superpão de Guarapuava (PR). As centenas de pessoas que estavam reunidas lá com o único objetivo de votar no representante da cidade no programa de repente ficaram sem sinal do wi-fi gratuito fornecido pelo supermercado, de 12 megabits por segundo, quase igual à de uma conexão doméstica.
A saída foi pedir para as lanchonetes liberarem o sinal. Outros usaram um app que descobre a senha de redes abertas de internet wireless. Naquela noite, todo o esforço foi recompensado. Contra Mariza, Cézar venceu por uma vantagem ínfima – a pernambucana foi eliminada com 50,22% dos votos.
Ele faz montagens motivacionais e coloca em sua página no Facebook, que são compartilhadas por pessoas de todo o Brasil. Responde aos fãs do amigo e troca mensagens com gente que nunca viu pessoalmente. Assim que o paredão é definido no domingo, ele e a esposa, Nilba, pegam os celulares e começam a votar. Às vezes, ficam até as 4h da manhã acordados.
Quando sai nas ruas, o assunto mais comum é o programa. Ao chegar na casa de Janete, irmã de Cézar, encontra cinco homens sentados em cadeiras de plástico em um bar ao lado. Em uma mesa, está um notebook. "E aí, estão votando muito?" Um deles assente com um gesto e Walter aproveita para engatar o papo.
Dentro da casa de Janete, todo mundo com tablets e celulares estão votando sem parar. Na faculdade onde Cézar faz direito, um laboratório de informática é liberado para os alunos votarem em dia de paredão.
Na segunda-feira antes do paredão entre Cézar e Adrilles – mais uma vez vencido pelo inácio-martinense convertido em guarapuavano – enquanto Janete e Eliete esperavam de madrugada na rodoviária da cidade pelo ônibus que as levaria para Curitiba, para então pegarem um avião para o Rio de Janeiro (por conta da TV Globo), elas são abordadas por um professor de informática que conta que os alunos pediram para usar os computadores para votar pelo brother.
O que mais se vê as pessoas falando é que, pela primeira vez, a cidade está aparecendo no noticiário nacional por algo positivo. "A gente só aparecia no jornal por causa de rebelião na cadeia ou enchente. Agora estamos chamando atenção por algo bom", afirma Walter.
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