"BBB Turbo" foi um grande desperdício de energia

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

"Acabou o prólogo do BBB14. É o fim do começo", disse Pedro Bial pouco antes de anunciar a sexta eliminação em duas semanas de programa. "Acabou a colônia de férias", acrescentou. O apresentador só não explicou para que serviu este prólogo, que o diretor Boninho chamou de "turbo".

Não vi muito sentido na intensidade deste início do programa. Se a ideia era confundir os "brothers", tudo bem. A sucessão de atividades pode ter colocado uma pulga atrás da orelha de alguns. Mas e daí?
 
Foram duas semanas em que o público, na verdade, não reconheceu o seu programa querido. Não conseguiu conhecer nenhum participante direito. Os conflitos esboçados não tiveram tempo para se desenvolver. Mal deu para alimentar simpatias ou antipatias e seis participantes já foram embora. 
 
Nem mesmo um discurso de eliminação decente teve neste período. Com exceção de uma inconfidência, sobre o casal "Frango", parece que o próprio Bial ainda não começou a participar do programa. 
 
É verdade, como disse Monica Iozzi, em mais uma ótima participação, que "o BBB não é um programa assim tão complexo, difícil de entender", mas se tem uma coisa que o espectador mais fiel valoriza é a sua relação de "intimidade" com os participantes. 
 
O tal "BBB Turbo" não permitiu estabelecer esta conexão entre "brothers" e público. No fundo, foi um grande desperdício de energia, sem muita razão de ser.
 
Sobre a eliminação de Vagner, repito o que escrevi na eliminação de Alisson e Bella: o público mais uma vez preferiu tirar da casa um candidato que foge ao padrão. Uma pena.  
 
 

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. Conheça seu Blog no UOL

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