Para caubói do "BBB7", Cézar ganhou porque brasileiro tem origens na roça

Felipe Albertoni

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Instagram/albertocowboy

    Alberto Caubói continua como cantor sertanejo e sempre posa ao lado de amigos, como a dupla Marcos e Belutti

    Alberto Caubói continua como cantor sertanejo e sempre posa ao lado de amigos, como a dupla Marcos e Belutti

Membro do clube dos caubóis que já integraram o "BBB", Alberto, da sétima edição, analisou nesta quinta-feira (9) a vitória de Cézar, mais um "homem da roça", na temporada deste ano que acabou na última terça. Para o grande vilão do "BBB7", "ser do campo" é uma vantagem com os espectadores do reality show porque remete à história familiar do brasileiro. "Quando a pessoa tem na essência dela a pureza, o público gosta. Acho que quem não é da roça é descendente de alguém que foi", explicou.

Sem ter acompanhado o "BBB15" com frequência, Alberto disse que não chegou a torcer por Cézar. O que mais chamou sua atenção sobre o paranaense foi o modo peculiar de se expressar. "O pouco que eu vi ele falando, até brinquei. 'Esse cara parece político falando, porque fala, fala, fala e na hora H, não fala nada", observou o ex-BBB.

Cantor sertanejo, Alberto também comentou que a vitória de diferentes caubóis no reality show (Rodrigo, no "BBB2" e Fael, no "BBB12") pode ter sido influenciada pela popularização da música sertaneja no Brasil. "Lá dentro ["BBB7"] eu pedia pelo amor de Deus para tocar um sertanejo. Durante os 71 dias que eu fiquei lá dentro, tocaram uma única música sertaneja. Olha como as cosias mudaram. Agora  você vê uma final que tem a Paula Fernandes cantando", opinou.

Caubói vilão

Rotulado como vilão e um dos caubóis que deram errado no reality, sem chegar à final, Alberto disse ter perdido muito mais fora da casa, do que dentro e disse que vilões sempre são lembrados. "Fui o vilão. Não me prejudicou, mas eu não consegui usufruir financeiramente [da exposição]. Poderia ter feito muita coisa legal,mas não consegui, fui o vilão da novela". No "BBB7",  Alberto fez oposição ao triângulo amoroso protagonizado por Alemão,Íris e Fani. "Fui contra, questionei e os interesses da Globo eram outros, eram investir mais na novela no lado do triângulo amoroso, que é o que a gente vê o tempo todo em novelas. Como eu fui contra, foi fácil me colocar como vilão", lembrou.

O julgamento de vilão ou mocinho, segundo o ex-BBB é o que mais acontece fora da casa, mas ele alerta que a trajetória do participante dentro do reality pode não mostrar o que a pessoa realmente é fora da casa. "Agora se alguém saiu rejeitado, ele não é um babaca. Não posso julgar uma pessoa por ela ter participado de um programa de televisão valendo dinheiro. É um jogo apesar de tudo, o caráter da pessoa não pode ser julgado", disse.

Batalha por um espaço

Alberto está há seis anos na estrada como cantor e tenta a cada ano buscar novos horizontes na carreira musical sem o apoio dos primos famosos Victor e Léo. "As pessoas me perguntam se sou primo do Victor e Léo, sou de primeiro grau, mas estou construindo a minha história, não estou na música por causa deles", disse Alberto.

O ex-BBB deve lançar agora em maio mais um novo single da carreira, que ainda está focada no interior de Minas Gerais, com shows em cidades do interior. Este ano estou preparando um material novo para lançar. A nova música de trabalho deve sair agora em maio. "Não tenho a capacidade de lançar um CD a cada seis meses, para gente é mais difícil, mais custoso. Meu foco é em Minas Gerais, se eu estiver em cada festa de cada município, com um showzinho bom e barato, a gente vai estar sempre trabalhando", disse.
 

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