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ELENCO "MAIS DO MESMO": Com o número recorde de participantes, 20, o "BBB14" foi aquele, justamente, que menos surpreendeu na seleção. Nunca o reality da Globo reuniu tanta gente parecida, desinteressante e, pior, escolada. Como o próprio apresentador notou: "Eles são meninos e meninas que foram criados assistindo ao programa, por isso são cirúrgicos e calculistas. Muito cerebrais -- é engraçado usar essa palavra num reality show acusado de descerebrado. Muito racionais". Difícil escolher quem foi o pior ou o mais chato participante. Divulgação/TV Globo, Montagem/UOL Mais

ESTREIA NO DIA ERRADO: Bem mais curto do que o programado pela emissora, sem apresentação dos candidatos, sem pompa, pareceu mais um trailer do que o começo mesmo do programa. Em ritmo acelerado, no terceiro bloco da estreia já ocorreu uma prova do líder. Frustrante para quem esperava uma estreia mais caprichada, o "BBB14" foi ao ar sob a sombra do sucesso da série "Amores Roubados". Depois de seis episódios indo ao ar às 22h30, a série foi desalojada para as 23h por causa do reality. O problema é que a sua audiência estava alta, muito acima do esperado. Reprodução Mais

PASSO EM FALSO COM VALDIRENE: "No programa de amanhã, a nossa querida Valdirene vai entrar na casa!!!", anunciou Pedro Bial, empolgado, ao final do programa de estreia (14 de janeiro). No dia seguinte, uma quarta-feira (15), "Amor à Vida" mostrou a personagem de Tatá Werneck deixando o hotel onde estava "confinada", mas Valdirene, para decepção geral, não entrou na "casa mais vigiada do Brasil". Naquele dia, a personagem só foi vista por quem assistiu ao pay-per-view. A ação promocional da Globo perdeu boa parte do seu sentido. Somente no programa de quinta-feira (16), o público viu a interação de Valdirene com os "brothers" Reprodução/TV Globo Mais

PASSANDO RECIBO PARA A CONCORRÊNCIA: Em inúmeras ocasiões, ao longo do confinamento, a câmera do pay-per-view deixou de focalizar participantes que falavam sobre estripulias ocorridas na "Fazenda", reality apresentado pela Record. Também foram cortados os participantes que falaram sobre artistas da Globo ou que revelaram bastidores curiosos do próprio programa. Até uma imitação de Silvio Santos, feita por Marcelo, deixou de ser focalizada. Para quem promete 24 horas de transmissão, o "pay per view" do "BBB" mais uma vez deixou muito a desejar. Montagem/UOL Mais

BBB TURBO OU BBB MICO?: Tentativa válida de surpreender os participantes, o tal "BBB Turbo" resultou num fiasco. Foram seis eliminações nas duas primeiras semanas do programa. Foi um período em que o público, na verdade, não reconheceu o seu programa querido. Não conseguiu conhecer nenhum participante direito. Os conflitos esboçados não tiveram tempo para se desenvolver. Mal deu para alimentar simpatias ou antipatias e seis participantes foram embora Reprodução Mais

MÃES NÃO DIZEM A QUE VIERAM: Outra tentativa bem-intencionada de quebrar a monotonia e tirar os candidatos do eixo. Mas, assim como o "BBB Turbo", a entrada em cena de mães e tias não surtiu o efeito desejado. Num primeiro momento, o diretor fechou os olhos e deixou que elas passassem informações importantes do mundo exterior. Mas nem isso afetou a rotina da casa. Ao longo dos dias, as mães se revelaram bem comportadas e entraram numa rotina semelhante à dos "brothers". Uma decepção Divulgação/Globo Mais

FESTIVAL DE ERROS: Na estreia, Bial até brincou que um "BBB" sem erros ao vivo não seria o programa de sempre. Tudo bem. Erros acontecem. Mas esta edição abusou das possibilidades. No caso mais grave, uma mensagem ouvida por Diego no Big Fone repetiu exatamente o que o telefone havia dito na semana anterior. A direção demorou pouco mais de 15 minutos para reconhecer publicamente que errou, mas não o corrigiu corretamente. A solução acabou prejudicando o candidato Reprodução/TV Globo Mais

INTERFERÊNCIAS EM "CAPS LOCK": Como sempre acontece, Pedro Bial mandou recados, fez críticas e apontou caminhos para os participantes, forçando a barra em inúmeros momentos e quebrando uma das regras do próprio programa -- a de que não deve haver interferência externa na casa. Num dos casos mais explícitos, o apresentador praticamente obrigou Letícia a aceitar o assédio de Junior. "Letícia, você segue os seus sentimentos ou se segura em nome de... em nome de que mesmo?? No dia seguinte, na festa, Junior beijou Letícia. Em outro episódio barulhento, corrigiu Diego a respeito de sua opinião sobre adoção de crianças por casais gays. Reprodução/TV Globo Mais

FALTA DE AGILIDADE: Clara e Vanessa se beijaram pela primeira vez no dia 18 de janeiro, na segunda festa do programa. Logo, o casal conquistou um fã-clube entre parte do público e ganhou um apelido -- "Clanessa". As fãs da dupla formaram a maior torcida nas redes sociais e influenciaram o resultado de várias votações. Pedro Bial, porém, só foi mencionar o apelido 50 dias depois do tal beijo. Foi um reconhecimento tardio a uma das poucas situações originais vistas nestes 78 dias de programa Reprodução/TV Globo Mais

PROVAS RIDÍCULAS: Outro problema que não chega a constituir novidade, mas que voltou com toda a força na décima-quarta edição. Provas simples demais, bobas, inspiradas em gincanas escolares. Houve um caso de repetição de uma atividade vista inúmeras vezes no "Programa Silvio Santos". Fãs do programa também reconheceram provas copiadas de outros programas da Endemol, que licencia a marca para a Globo, como "Survivor" e o "Big Brother" americano Reprodução / TV Globo Mais

APRESENTADOR EM MÁ FASE: Com seus textos enigmáticos, às vezes sem sentido algum, mas sempre caprichados, Pedro Bial criou uma marca que o "BBB14", com 20 participantes, ajudou a desgastar. Na eliminação de João, por exemplo, o apresentador teve apenas 80 segundos para falar. No momento da saída de Marcelo, Bial reconheceu que estava reciclando uma mensagem antiga: "Olha, já foi assunto aqui, num paredão lá atrás. Querer é uma parte importante do lance. Saber encaminhar esse querer também é". Na reta final, Bial ainda lançou um livro com uma seleção de pérolas ditas no programa Reprodução Mais

BBB TEFLON: Qual será a sua lembrança do "BBB14"? Foi uma edição estranha, em que nenhuma polêmica ou briga resistiu mais do que 24 horas na memória dos candidatos e do público. Cheguei a batizar o reality como "teflon", por sua capacidade de permanecer impermeável aos problemas. A duas semanas do fim, finalmente, aconteceu algo de impacto e que, possivelmente, será uma das marcas principais do programa: a briga entre Cassio e Marcelo por causa de Angela. Foi um momento dramático, com conseqüências até o final. Mas muito pouco para um programa com a tradição do "BBB" Montagem BOL /Reprodução TV Globo Mais

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