Com mães dos candidatos, Boninho "refunda" o "BBB"

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

Esqueça aquele reality show no qual os participantes passam meses confinados sem contato ou informação alguma com o mundo exterior. O "Big Brother Brasil" era assim, mas acabou. O novo programa, relançado neste fim de semana, liberou geral.

Mães (ou tias) dos nove remanescentes entraram na casa e, sem qualquer restrição, passaram as mais variadas informações aos filhos e sobrinhos. Isoladas por um muro, elas têm tido a oportunidade de conversar e dar conselhos, ajudando os candidatos a entender como são vistos fora da casa.
 
Há algumas razões para Boninho ter "refundado" o "BBB" transcorridos 55 dias da 14ª edição. Primeiro, e talvez mais urgente, a audiência do programa tem batido sucessivos recordes negativos.  Era preciso fazer algo radical. 
 
Segundo, o elenco escolhido não rendeu o esperado. Com perfis muito semelhantes entre si, passaram ao público a impressão de "mais do mesmo", o que é desanimador.
 
Pedro Bial levantou uma terceira hipótese sobre o fracasso da seleção desta turma. "Eles são meninos e meninas que foram criados assistindo ao programa, por isso são cirúrgicos e calculistas. Muito cerebrais — é engraçado usar essa palavra num reality show acusado de descerebrado. Muito racionais", disse em entrevista a "O Globo".
 
Em outras palavras, o desafio do diretor do programa era levantar a audiência e surpreender candidatos sem carisma e cerebrais. Como?
 
No meio da semana, Bial tentou a cartada da polêmica, ao fazer uma interferência drástica e colocar em debate um comentário de cunho homofóbico de Diego. Houve algum barulho, mas o assunto logo morreu. E, então, veio este "Big Mother". 
 

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. Conheça seu Blog no UOL

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