Diego diz que carinho dos fãs vale mais do que estar com "bando de cobras"

Do UOl, em São Paulo

Em bate-papo na rádio Beat98, Diego confessou a surpresa que teve ao sair da casa e descobrir que conquistou uma enorme torcida durante sua participação no programa.

"Pra mim valeu mais do que estar no meio daquele bando de cobras. Estou em êxtase com os fãs. Nunca imaginei. Sabia que um dia iria estar no BBB, mas não que iria ter esse tanto de fãs. Eu sou fã de um monte de gente e hoje eu tenho fãs", declarou o carioca.

Diego voltou criticar os brothers da forma que havia se referido a eles no reality: "Os sonsos vão ficando pra final. Só tem sonso lá dentro. E está um querendo pegar o outro. Se pudesse agressão, estava um dado tapa no outro". Ele ainda riu a mencionar o apelido nada carinhoso que Angela ganhou fora da casa por seus opositores, "Cobrangela". 

O publicitário também falou na entrevista sobre o seu problema com as drogas e lembrou como foi difícil enfrentar o vício. "Por mais que estivesse mal, na bad total, sempre tinha uma esperança no fundo. Isso é uma luta. Não é fácil, mas é possível. Digo que os três pilares são humildade, mente aberta e boa vontade", aconselhou.

Ele contou por que não falou muito sobre o drama na casa, e que apenas abordou o assunto com Roni pois precisava desabafar. "Não entrei lá pra contar minha história triste, meu mi mi mi", afirmou.

Namoro com Franciele

O apresentador perguntou a Diego se era possível falar que Franciele era a sua namorada. "Pode falar sim, estamos juntos. Deixei ela em casa agora e me desejou boa sorte (para ir participar do programa)", respondeu e ex-BBB. 

Além de ter conquistado o coração da gaúcha, o carioca contou que o maior prêmio foi ter proporcionado a participação de sua mãe, Márcia Grossi, no reality global. Ele também disse que pretende manter as amizades com Cássio, Junior e Vagner. "Lá dentro você cria uma possibilidade de amizade aqui fora", apontou. 

Eliminação e polêmica envolvendo homossexuais

Diegou não soube dizer ao certo por que foi eliminado depois de sobreviver a quatro paredões: "Não tem como afirmar o que exatamente foi. Eu sai com quase 20 milhões de votos". A respeito do polêmico debate que teve com Pedro Bial, no qual falou sobre a adoção  de crianças por casais gays, ele rechaçou que seja homofóbico.

"Não sou homofóbico, gente. O meu assessor que está comigo o tempo todo, o Ronald, é gay", exemplificou. 

Luta de Diego contra as drogas

Diego Grossi tornou público o drama que viveu em desabafo com Roni e Junior na última terça-feira (11). O publicitário contou ter sido internado em uma clínica de desintoxicação mais de uma vez para poder se ver livre do vício em drogas.
 
A irmã do brother, Michelle Grossi, não esperava que Diego revelasse o problema no confinamento, apesar de considerar que a história pudesse vir à tona fora da casa. "Imaginei que poderia vazar aqui fora, mas ele contar foi uma surpresa, pois é um fato que ele comenta apenas com amigos íntimos", disse em entrevista ao UOL.
 
Em seu relato, o carioca contou ter lutado contra as drogas por mais de 10 anos e descreveu o vício como "uma parada incontrolável". "Graças a Deus, nunca fui preso. Assalto, essas coisas, eu quase não fazia, porque era cagão. Ficava internado no morro uns 10, 15 dias sem voltar pra casa. Mas isso é passado", falou.
 
Ela admitiu que o irmão cometeu  furtos em casa, mas acredita que ele nunca tenha se envolvido em outros crimes. "Ele ficava muitos dias longe de casa, mas acredito que quando comentou no programa 'assaltos e esses 'bagulhos' quase não fiz por ter medo', ele deixou bem claro não ter tido coragem de cometer crimes. Mas devo citar que ele cometia pequenos furtos em casa, para assim ter dinheiro para sustentar o vício", ressaltou.
 
O desespero da mãe e ver como o problema ainda o emociona ao falar de sua luta estão entre suas lembranças mais tristes. "É muito difícil para uma mãe ver seu filho se afundar no mundo das drogas, o mal do século, né? Ela ficou mal, sofreu, chorava muito, mas, ao mesmo tempo, foi uma mulher forte e cheia de esperança. Conversava muito com ele, horas e horas, tentando reverter essa situação, e depois dessas conversas, ele geralmente resolvia se internar em clínicas de reabilitação. Hoje ela diz que o Diego é a prova de que o mal do século pode ser combatido e superado", apontou.
 
Determinação e fé foram ferramentas recorridas por Diego nesse período de dificuldade. O publicitário passou a ler livros do padre Marcelo Rossi até reconhecer que precisava procurar por ajuda. "Ele começou a ler os livros (da série) Ágape do padre Marcelo e a beber a água benta depois de eu ter ouvido os programas", relembrou Michelle.
 
"Não adiantaria se internar e depois ter contato com pessoas e outras coisas que o levassem a recair. A sugestão era aprender a conviver com o perigo sem ter que usá-lo", observou. Diego também passou a praticar esportes para conseguir manter-se "limpo".
 
Michelle não considera prejudicial a exposição do brother no reality, uma vez que se trata, em suas palavras, de "um exemplo de superação": "A sinceridade não pode ser condenada, né? Acho que o público vai enxergar como uma mensagem de força e esperança a todas família que passam pelo mesmo problema".
 
Surpresa para os amigos e o cigarro
 
A revelação de Diego foi recebida com surpresa até por pessoas próximas do carioca. Rafael Reis ficou sabendo pela reportagem do UOL, em contato por telefone, da história de superação do amigo.
 
"Nunca fiquei sabendo. Acho difícil ele ter falado que se internou por causa de drogas. Ele é sempre muito alegre. O único 'vício' que ele tinha era a bebida, mas era só para descontrair", afirmou, ainda em dúvida sobre a veracidade da notícia.
 
Ronald de Souza, colega da agência de publicidade em que Diego trabalha, disse que o amigo falou sobre a dependência química após mais de três anos sem usar drogas.

 "Não imaginávamos ele que fosse contar. Ele tem vergonha e só conta para os mais íntimos. É uma história bonita de superação", definiu Sousa. Ele acredita que o fato de Diego querer fumar a todo o momento e reclamar da falta de cigarro tenha relação com as drogas. "Pessoas comentam que largaram as drogas e passaram a fumar muito. Provavelmente ele encontra aí um equilíbrio", analisou.
 

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