Marcelo faz monólogo para boneco da decoração: "Quer saber o que sinto?"

Do UOL, no Rio

Após chorar na cozinha chamando por Tatiele, Marcelo segue para a área externa da casa e resolve "conversar" com os bonecos fixados na parede da decoração da prainha.

"É, senhor grafite, não tá fácil não. Você não sabe a dificuldade de chegar para cá. O senhor só fica ai, com a sua prancha. Como é que a Poly falava, "entre monstros e cobras". Já ouviu essa? Não né", começou ele. "Quer saber o que eu sinto? Não, né. Quer saber?", continuou.

E desabafou: "Eu tô ansioso. Ansiedade. Me arrepiando nas perguntas ontem, teria acertado. Sabe qual que eu errei? Adivinha. Da Poly ainda. Mas, faz parte. Estamos ai. Já ganhei prova que eu nem respondi. Então não adianta eu questionar. Teve uma prova - você viu aqui, não? - eu fiquei quieto o tempo inteiro e ganhei. Até a última [questão] foi com o Roni e valia imunidade. Ontem eu não consegui. Na outra eu consegui acertar as das bolas, perdi na resistência. Um dia a gente perde, outro dia a gente ganha, outro dia a gente perde de novo, pode ser que no outro você ganha de novo e ganha, ganha, ganha. Eu ganhei muito já de chegar até aqui. Seis paredões, este é o sétimo. Você acha que isso é pouco? Já é uma grande vitória, né. Conseguir passar, tentando tirar gente da casa de qualquer jeito".

O curitibano diz que não se arrepende de nada que fez no programa. "Não é moleza não. Apesar de você estar nesse paredão ai, esse é bem diferente do que a gente passa. Dá um nó, tipo esse fio aqui [e mostra o fio do microfone]. Só que não é na mão, é lá na cabeça. Você fica ansioso, nervoso, você lembra de tudo... de tudo! De tudo o que você aqui. E sabe o que mais? Você lembra de tudo e no meu caso, eu lembro e sabe do que que eu me arrependo? De nada. Não me arrependo de nada do que eu fiz aqui. Sabe por quê? Porque tudo o que eu fiz eu tive vontade. Podia ser vingativo, não fui".

Nesse momento ele interrompe para chamar atenção do boneco. "Você está ouvindo, não? Eu estou falando com você".  E prossegue: "Podia ter sido [vingativo] com a Angela, não fui. Podia mudar alguma coisa hoje? Não sei. Mas o caminho da vida é aquela decisão que a gente segue que está aqui dentro [batendo no peito] sempre".

Ele começa a chorar e diz: "Inclusive tudo o que você faz. Quem você gosta, quem você ama, você faz uma coisa, faz outra e às vezes você não tem nenhuma coisa de volta. Mas, dai, você ia conseguir ser diferente? Não. Sabe porquê? Porque na hora você pode fazer, mas depois o arrependimento vai bater. Você não vai ficar bem com você mesmo. Sabe o valor que tem você fazer as coisas com o coração? Não tem valor, é incalculável. Sabe desde quando que eu faço isso? Desde que me conheço por gente. E fiz aqui. Fiz daqui o meu mundo, esqueço até como é lá fora, aqui é a minha casa, é a minha vida. Sabe o que eu aprendi aqui? Muita coisa. Sabe por quê? Quer saber por quê ou não? Então vou falar.  Porque esse é o meu jeito. E vai continuar sendo para o resto da vida".

E pede novamente atenção do "amigo sufista": "Você vai ouvir  ou não vai?"

O paranaense confidencia sobre a discussão que teve com Angela durante a festa na Sibéria, nessa madrugada (30). "Acho que discuti com ela ontem, porque eu acho que faltou um pouco de consideração, se eu tivesse mandado ela para o paredão no lugar da Clara, talvez ela nem tivesse aqui, não tivesse ganhado o carro e chegado na final". 

Ao final ele agradeceu o amigo imaginário: "Só de você ter me escutado, já me ajudou bastante".

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