Presença de jornalistas e políticos marca velório de Joelmir Beting, em SP

Amanda Serra e Mariane Zendron

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução

    Nascido em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de dezembro de 1936, Joelmir Beting é um dos principais nomes da imprensa do Brasil. Conhecido do público, o jornalista já passou pelos principais veículos de comunicações brasileiros como Folha, Estadão, Globo e Bandeirantes. Na imagem, ele posa na bancada do "Jornal da Band".

    Nascido em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de dezembro de 1936, Joelmir Beting é um dos principais nomes da imprensa do Brasil. Conhecido do público, o jornalista já passou pelos principais veículos de comunicações brasileiros como Folha, Estadão, Globo e Bandeirantes. Na imagem, ele posa na bancada do "Jornal da Band".

O velório do jornalista Joelmir Beting, que morreu na madrugada desta quinta-feira (29) à 0h55, em São Paulo, foi marcado pela presença de personalidades, como o governador Geraldo Alckmin e o economista Antonio Delfim Neto. Ao lado de amigos e familiares estavam os jornalistas José Luiz Datena, Otávio Mesquita, Ricardo Boechat, José Roberto Burnier e Carlos Nascimento. O comentarista de 75 anos sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico no domingo, considerado "irreversível".

O corpo de Joelmir Beting começou a ser velado às 8h no Cemitério do Morumbi, na zona sul da capital paulista. Alguns jogadores do Palmeiras colocaram um manto do time em cima do caixão de Beting. Uma missa, que começou às 13h30 e terminou meia hora depois, foi encerrada com aplausos das pessoas presentes. O corpo foi cremado no Cemitério Horto da Paz., mas a família ainda não decidiu onde as cinzas serão jogadas.

Emocionada e com as mãos trêmulas, Lucila Beting, mulher de Joelmir, contou aos jornalistas que o casal iria completar 50 anos de casamento em 2013. "Ele foi um maridão. Nós iríamos completar 50 anos de casados no dia 14 de abril. Quer dizer, vamos completar. Ele foi só um pouquinho antes. A gente comemora aqui e ele comemora no céu. Meu coração está em paz. Ele estava esperando se recuperar para voltar a trabalhar imediatamente", disse.

O governador Geraldo Alckimin também compareceu ao velório e disse que o bom humor do jornalista era uma das maiores provas de sua inteligência. "Tinha capacidade singular, primeiro pelo bom humor. O bom humor é uma das melhores provas de inteligência. Ele era uma pessoa bem humorada, de bordões inteligentes. Ele traduziu o 'economês' para a vida cotidiana. Também fez uma grande contribuição para o jornalismo, economia e comunicação, a vida nacional. Era uma pessoa muito afável. Tem nosso carinho, nossos sentimentos". Antes de falar com o jornalistas, Alckmin conversou com os filhos de Joelmir, Gianfranco e Mauro, durante o velório.

O jornalista e amigo de Joelmir, Ricardo Boechat, também foi ao velório. Ao UOL, por telefone, contou que conhecia o jornalista há 30 anos e que sentirá falta do paulista de 75 anos como "quem sente saudades de um irmão mais velho".

Muitas mensagens que Boechat recebeu na manhã desta quinta, quando apresentava seu programa matinal na BandNews, relatavam encontros ocasionais dos leitores com Joelmir. "Muitos esbarraram com ele nas horas mais simples. Um leitor contou que, certo dia, estava parado em frente a uma vitrine de alianças quando Joelmir se aproximou: 'Compre logo essas alianças e a peça em casamento'. O homem respondeu: 'Mas e se não der certo?'. Joelmir rebateu: 'Se o amor existir, não tem como dar errado'. O leitor estava agradecido pelo conselho e contou que está casado até hoje".

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