A Regra do Jogo

"Não existe pressão", afirma Alexandre Nero sobre substituir "Babilônia"

Ana Cora Lima e Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

Cercada de expectativa após os baixos índices de audiência de "Babilônia", "A Regra do Jogo" estreia no dia 31 de agosto com uma trama composta por personagens ambíguos e questionamentos sobre ética e caráter. Mesmo contando com as credenciais do autor João Emanuel Carneiro e da diretora de núcleo Amora Mautner, dupla à frente do fenômeno "Avenida Brasil", os atores descartam tamanha responsabilidade para a novela.

"A gente está se divertindo e espero que isso continue, independente do ibope ou de outras coisas externas. Não existe uma pressão, mas sim uma expectativa, tanto do público como nossa", afirmou Alexandre Nero, que interpreta o ex-vereador Romero Rômulo. O protagonista será o responsável pela fundação Raiar, destinada a reintegrar ex-presidiários à sociedade.

"Romero é um cara que vai se moldando conforme os lugares que ele vive. Ele engana os outros e a si mesmo. Aos poucos, o público vai descobrir quem é esse cara, mas já digo que ele mente", adianta o ator.

A presença de Alcione foi a grande surpresa do lançamento da novela, nesta terça-feira (18), no Projac, no Rio de Janeiro. Aplaudida pelo elenco, a cantora interpretou "Juízo Final", música de abertura do folhetim e foi tietada pelos atores (Cauã Reymond fotografou boa parte da performance). De quebra, ganhou um lugarzinho especial na plateia para assistir ao clipe com cenas dos principais personagens, a pedido de Susana Vieira.

Tropa de elite

Enquanto Carneiro foi econômico nas palavras e desejou sorte para a equipe, Amora tomou a frente da apresentação e fez brincou com a maioria dos artistas. De joelhos, ela comparou Alexandre Nero a Neymar e brincou sobre a intensidade de Cássia Kiss Magro e Susana Vieira no mesmo set de gravações. "Estúdio com nós três é barra pesada", brincou Amora, que chamou os principais nomes do elenco individualmente.

Diante da "falta" de animação, ela ainda provocou: "Vocês estão infelizes?". Tudo parte da intimidade, claro. E os atores, bastante elogiados por ela: "aqui só tem louco, no bom sentido", também levaram seu puxão de orelha -- "vocês não são fáceis".

Além de Romero, que vive um triângulo amoroso com a trambiqueira Atena (Giovanna Antonelli) e a mocinha Tóia (Vanessa Giácomo), a história apresenta ainda outros personagens difíceis de classificar como bons ou maus, como Zé Maria (Tony Ramos) um mítico bandido foragido e procurado pela polícia, mas que tenta provar que foi acusado injustamente por um massacre ocorrido há muitos anos. Ou Juliano (Cauã Reymond), filho de Zé, preso por um crime que garante não ter cometido.

"É uma trama que mostra o tempo todo esse duelo entre o bem e o mal. Resta ao ser humano fazer essa escolha. Minha personagem está no caminho do meio e consegue caminhar, andar para frente. Ela tem um mistério, mas ainda não posso contar", diz Cássia Kiss Magro, que vive Djanira, mãe adotiva de Tóia e Juliano.

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