Homofóbico em novela, Palmeira fala da importância do personagem para o BR
Giselle Almeida
Do UOL, no Rio
No papel do prefeito corrupto e homofóbico de "Babilônia", nova novela da Globo, o ator Marcos Palmeira falou da importância de interpretar um personalidade tão presente nos noticiários brasileiros e na realidade do país.
"Acho importante viver um personagem como esse agora, porque é reflexo do que a gente está vivendo. Seria injusto apontar um político em que eu me inspirei porque são tantos. Esse discurso de eu não vi, eu não sei de nada do Maluf, por exemplo, parece que colou. Se ele existisse de verdade, com certeza estaria nessa lista dos investigados na Operação Lava-Jato", disse ele se referindo o fictício Aderbal.
Polêmico na trama, Marcos torce para que o público tenha raiva do seu Aderbal. "Quero que as pessoas me odeiem", disse ele, que será uma espécie de vilão. "Além da homofobia, tem a vaidade, o caráter duvidoso, muitas questões serão abordadas", completou.
No folhetim, Lais (Luisa Arraes) será filha de Maria José (Laila Garin) e Aderbal, e a jovem irá se envolver com Rafael (Chay Suede) filho das personagens de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg.
Mesmo com a rotina pesada de uma novela das novelas, Palmeira já tem planos para depois. "Vou gravar a primeira temporada da série 'E aí comeu?', do Multishow, e participar de um documentário chamado 'Manual de Sobrevivência do século 21'. Vou ser uma espécie de âncora", contou.