Com edições nos cinco continentes, o "Big Brother" é um sucesso mundial. Criado pela holandesa Endemol em 1999, o reality já foi adaptado para 39 países ao redor do mundo e ganhou edições conjuntas na América, África, Escandinávia e Oriente Médio – mostrando que a fórmula sempre causa polêmica. Em algumas edições, muita polêmica.

Neste ano, a 12ª edição do "Big Brother Brasil" foi marcada por uma suspeita de estupro. Em 199 edições pelo mundo, houve ainda ameaça de morte, expulsão por catapora e uma edição que não chegou ao final. Confira abaixo algumas das polêmicas e curiosidades do programa.

Polêmicas
No Oriente Médio, o "Big Brother" não completou uma edição. A primeira temporada, exibida em 2004, foi interrompida no meio devido aos fortes protestos de muçulmanos, cuja religião não permite que homens e mulheres que não sejam da mesma família se misturem. A casa continha quartos e espaços de orações separados para homens e mulheres e uma área comum, mas isso não foi o suficiente. Segundo a emissora britânica BBC, cerca de mil pessoas se manifestaram contra o programa em Bahrain, onde as filmagens estavam acontecendo.

Na edição "África", em 2007, o participante Richard Bezuidenhout foi acusado de estuprar a colega Ofunneka Molokwu depois de colocar as mãos nas partes íntimas dela, que estava inconsciente devido a uma bebedeira. Procurados pela imprensa local, representantes da emissora M-Net afirmaram que o ato havia sido consensual. Apesar da comoção levantada pelo caso, Richard saiu como vencedor do programa, enquanto sua suposta vítima ficou em segundo lugar.

Em 2001, a então segunda edição do Big Brother nos Estados Unidos também passou por problemas, quando o brother Justin Sebik colocou uma faca no pescoço de Krista Stegall, sua namorada no confinamento. "Você ficaria brava se eu te matasse agora?", perguntou o participante, que já havia se envolvido em casos de agressão no programa. Depois de sua saída, Krista processou a CBS, rede que transmitia o programa, por tê-la colocado em perigo.

Curiosidades
Com mais de 2 mil participantes, o "Big Brother" também garantiu momentos inusitados para o público – e um deles acabou em reviravolta no "Velký Bratr", versão do reality na República Tcheca. Um tabloide alemão revelou que Filip Trojovský, um dos competidores, era um ator pornô gay conhecido como Tommy Hansen. Na segunda semana do programa, ele foi eliminado com 80% dos votos. Mas sua saída foi acompanhada por uma queda de audiência, o que fez com que acontecesse uma votação para recolocá-lo na competição. O ator conquistou o terceiro lugar no programa.

Na Tailândia, o programa teve três participantes expulsos em apenas duas edições, realizadas em 2005 e 2006. Mas enquanto dois foram forçados a deixar a casa por quebrar as regras do jogo, um deles, Jeff, de 20 anos, saiu do programa por apresentar catapora, doença contagiosa que poderia afetar os demais participantes.

Outros países também ousaram ao fazer algumas mudanças no formato tão conhecido do "Big Brother". Na Bulgária, a edição de 2010 preferiu trazer à competição casais e seus filhos, em vez de apostar na fórmula de investir em pessoas totalmente isoladas de qualquer laço dentro do confinamento. A edição da Grécia também inovou em 2005 ao trazer as mães dos participantes para dentro do jogo. Elas não poderiam ganhar o prêmio, mas ficavam com seus filhos até a eliminação deles.

Versões alternativas
As mudanças no formato levaram ainda a programas novos e independentes entre si – que, apesar de ainda não terem vindo para o Brasil, fazem sucesso no exterior. Entre eles, estão edições especiais do "Big Brother" só com celebridades e ex-participantes, e versões adolescentes do programa, feitas apenas com participantes com idades entre 14 e 17 anos. O Reino Unido e as Filipinas foram os únicos a investirem nesse universo.

Outra versão levada a vários países foi o "Secret Story", em que cada participante deveria guardar um segredo. Caso outro competidor descobrisse o segredo, ele receberia um prêmio em dinheiro. As eliminações, no programa, também seguiam um padrão diferente: a cada semana, os votos alternavam-se entre homens e mulheres. O formato mostrou-se popular em Portugal, na França e na Holanda.