Babilônia

Após críticas, vilanias reinam em "Babilônia", que terá morte na reta final

Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

  • Reprodução/GShow/Babilônia

    Beatriz, que já matou um amante e atirou na rival, será suspeita de novo assassinato

    Beatriz, que já matou um amante e atirou na rival, será suspeita de novo assassinato

O beijo que escandalizou boa parte do público de "Babilônia" não se repetiu mais, mas a vilania, apontada por muitos telespectadores como motivo para abandonar a trama, não tem data para acabar. Com um novo assassinato previsto para a reta final, na última semana de agosto, a novela das nove já passou por várias transformações ao tentar encontrar o equilíbrio entre a ousadia dos temas e a adequação ao gosto do público. Mas pelo que se vê no ar, o excesso de "maldade" continua tão presente quanto no primeiro capítulo.

Nem Beatriz (Gloria Pires) nem Inês (Adriana Esteves) tiveram seus perfis esmaecidos - como se vê nos embates físicos entre as duas e em seus planos maquiavélicos, que incluem um novo homicídio. Até Murilo (Bruno Gagliasso), que se passou por bom moço para reconquistar Alice (Sophie Charlotte), já voltou a mostrar suas garras novamente, e Cris (Tainá Müller) se mostrou capaz de colocar drogas na mochila de uma criança para prejudicar Regina (Camila Pitanga).

A "violência" não afasta mais o público? Não é bem assim. Segundo Ricardo Linhares, que escreve a novela junto com Gilberto Braga e João Ximenes Braga, em tempos de crise, o espectador tende a preferir assuntos mais escapistas. Nos dois grupos de discussão da trama, ficou claro que boa parte do público não quer ver na hora de lazer esses temas tratados de forma tão crua. Mas a boa repercussão nas redes sociais mostra que há uma cisão aí.

"O que pode afastar uma parte do público é o mesmo que atrai outro grupo de espectadores. Hoje em dia, o sucesso de uma trama não pode ser medido apenas pela audiência no momento em que o capítulo é exibido. A novela é polêmica e muito comentada. Retrata o país partido em que vivemos", diz o autor, que atribui à classificação indicativa uma das principais alterações da sinopse original: o fato de Alice não ter se envolvido com a prostituição, como previsto. No entanto, uma trama bem semelhante não tem encontrado resistência em "Verdades Secretas", quando Angel (Camila Queiroz) aceita fazer book rosa para ajudar a família financeiramente.

"O tema é adequado ao horário das 23h. Se Babilônia fosse uma novela das 23h, não teríamos tido que mexer em nada. Mas, às 21h, não é permitido mostrar a exploração da prostituição. Pelo Manual da Classificação Indicativa, esse tema pode ser abordado em programas liberados para 16 anos", afirma o escritor.

Se o assassinato de Cristóvão (Val Perré) marcou a estreia de "Babilônia", uma nova morte vai movimentar os últimos capítulos do folhetim. Desta vez, as três protagonistas serão consideradas as principais suspeitas. "Beatriz e Inês são inimigas mortais. E uma fará de tudo para destruir a outra. Se possível, definitivamente. Qual vai vencer? Daremos essa resposta no último capítulo", adianta.

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