Além do Tempo

Vilã de novela espiritualista, Irene Ravache diz ser uma pessoa cética

Ana Cora Lima

Do UOL, no Rio

  • Fábio Rocha/Divulgação/TV Globo

    A Condessa Vitória foi escrita especialmente por Elizabeth Jhin para Irene Ravache

    A Condessa Vitória foi escrita especialmente por Elizabeth Jhin para Irene Ravache

Vilã da próxima novela espiritualista da Rede Globo, "Além do Tempo", a atriz Irene Ravache se diz uma pessoa cética, que questiona a reencarnação – um dos principais elementos da trama, que conta a história de um casal em diferentes vidas.

"Eu não acredito em nada. Não sei se eu acredito em reencarnação. Mas gosto da hipótese, porque soa como um alento. Eu não acredito, porque não acredito e ponto. Mas gosto dessa ideia de você poder reencarnar, de voltar em outra vida para evoluir", disse a atriz durante a apresentação da novela das 18h na emissora.

Apesar do ceticismo, Irene diz que, se tivesse a chance de reencarnar, gostaria de voltar homem. "Seria bom vir o outro, saber como pensa e age o sexo dito forte", afirmou. 

Escrita especialmente pela autora Elizabeth Jhin para Irene, a Condessa Vitória Castellini deixa a atriz empolgada em poder sair de uma certa "zona de conforto" criada por seus últimos trabalhos. 
 
"Tinha um tempo que eu não interpretava uma vilã. Estava fazendo mais comédias e personagens delicados em dramas, e esse convite veio na hora certa", contou Irene, que pela terceira vez atua numa novela espiritualista [a anterior foi "Eterna Magia" também de Jhin, em 2007], ela também participou de "A Viagem" [1975]. 
 
Com uma passagem de 150 anos entre a primeira e a segunda fase, "Além do Tempo" é uma novela de época e ao mesmo tempo contemporânea. A trama central gira em torno de Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), duas almas que são ligadas cosmicamente e tentam descobrir o significado do amor e da felicidade há muitas encarnações. Que não terão o apoio da tia do rapaz e avó da moça, Vitória.
 
"A Condessa é uma mulher poderosa no século XIX, o que era incomum na época. Só que o poder e a força não são canalizadas para uma coisa boa. Existem amargura, ódio, vingança e um amor extremamente possessivo, capaz de não aceitar que ele case com outra mulher. Pode até casar, mas se ela deixar e com quem ela escolher. Uma loucura! E o pior que isso não existe só na ficção".
 
Nos bastidores das gravações, a caracterização de Vitória leva duas horas. "Não tem maquiagem. A demora fica por conta do cabelo e do figurino. Tem peruca em cima do meu cabelo, roupas em cima de roupas e até uma 'bundinha' falsa (risos)", contou a atriz.
 
E gravar as primeiras cenas da novela, que estreia no dia 13 de julho, na Serra Gaúcha, encantou a veterana. Além da beleza das paisagens, a atriz ficou impressionada com a "educação das pessoas" e a "tranquilidade que ainda se pode ter nas cidades". "É um Brasil que não tem essa violência gargalhando à medida que você caminha. Durante as gravações, eu solicitei um motorista que me acompanhasse pela região. Eu desci do carro e ele não trancou o automóvel. Quem vive no eixo Rio – São Paulo não imagina isso nunca", lamentou.
 

 

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