Há um mês no ar, veja o que já mudou em "Babilônia" para aumentar audiência
Do UOL, no Rio
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TV Globo/Montagem UOL
Regina (Camila Pitanga), Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves) são as protagonistas de "Babilônia"
Há exato um mês, "Babilônia" estreou com cenas ousadas, tratando de temas da atualidade e com personagens de caráter duvidoso. Apesar de terem boa repercussão nas redes sociais, as apostas dos autores Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga para uma história forte sofreram rejeição pela parte mais conservadora do público.
Até o primeiro grupo de discussão, que normalmente ocorre por volta do capítulo 30 em todas as novelas da emissora, foi antecipado, como noticiou o colunista do UOL Flávio Ricco. A primeira avaliação ouviu telespectadoras de São Paulo no dia 1º de abril, quando o folhetim tinha apenas 15 capítulos exibidos.
Desde então, algumas mudanças foram feitas na trama, que bateu índices de audiência mais baixos do que o esperado para um folhetim do horário nobre. Para se ter uma ideia, a atual novela das nove teve uma média geral de 25.29 pontos até o capítulo 24, cinco pontos a menos que "Império" e seis abaixo de "Em Família", suas antecessoras no horário. Cada ponto vale por 67 mil residências sintonizadas, cada uma com, em média, três pessoas diante da TV, na Grande São Paulo.
O UOL lista as principais alterações de "Babilônia" neste período.
1) Abertura mais suave
Doze dias após a estreia, a novela teve sua abertura modificada. Os tons escuros foram substituídos por cores mais claras, e até o logotipo sofreu alteração: passou de vermelho para branco, associado a algo positivo. Oficialmente, a emissora afirma que não houve mudança, apenas um ajuste de iluminação e cores. "Achamos que merecia pois no ar estava mais escura do que pretendíamos. Um ajuste simples. A logo não mudou, ela sempre teve a opção de usar em branco ou em vermelho. Como clareamos as cenas, optamos pela branca", diz a nota.
2) Alice não será mais prostituta
Segundo a sinopse, a personagem de Sophie Charlotte entraria no mundo da prostituição ao cair na lábia do namorado, o cafetão Murilo (Bruno Gagliasso) e se tornaria garota de programa fixa do milionário Evandro (Cássio Gabus Mendes). Mas a trama não era permitida pela classificação indicativa do horário, de acordo com o autor Ricardo Linhares, e foi considerada "mau exemplo" pelas telespectadoras ouvidas nos primeiros grupos de discussão da novela.
3) Fim dos beijos gays
Exibido logo no primeiro capítulo, o selinho entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg) causou comoção nas redes sociais. Enquanto muita gente aprovou, uma parcela do público rejeitou a história do casal. A reação gerou até um pedido de boicote à novela. De início, Linhares afirmou que a pressão não iria mudar a trama. Mas o grupo de discussão mostrou que o público não aprova o contato físico entre as duas, que vivem juntas há mais de 30 anos e vão oficializar a união em breve.
4) Beatriz não será mais devoradora de homens
Mulher de vários amantes e adepta do sexo até com desconhecidos, a personagem de Gloria Pires não vai mais aparecer fazendo sexo casual na novela. Segundo Linhares, o alívio no quesito pegadora também tem a ver com a paixão da arquiteta por Diogo (Thiago Martins), primeiro homem que ela vai amar de verdade. "A diminuição dos contatos físicos entre Teresa e Estela, e Beatriz tornando-se menos pegadora, são ajustes pouco significativos. O que importa é que não há rejeição a essas personagens. E a história delas não sofrerá mudanças", garante o autor.
5) Questão religiosa é amenizada
Rafael (Chay Suede) causou confusão durante um jantar na casa da namorada, Laís (Luisa Arraes), ao afirmar que "não tem religião". O hipócrita Aderbal (Marcos Palmeira) e a religiosa Consuelo (Arlete Salles) logo rejeitaram o rapaz, mas o choque era para ser ainda maior. A cena que foi ao ar foi amenizada, já que, no texto original, o jovem declararia com todas as letras que é ateu. No entanto, o pai e a avó da jovem continuam se referindo a Rafael como "ateuzinho", em tom de reprovação.
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