Tianastácia defende participação no "SuperStar": "Temos sucesso regional"

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

Há 18 anos na estrada, a Tianastácia estreou na segunda temporada do "SuperStar", no domingo (12), com a sensação de recomeço. Em entrevista ao UOL, o baixista Beto Nastácia defendeu a participação da banda na competição musical das críticas de que foi selecionada injustamente por ser bastante conhecida em relação a outros grupos que se enfrentam no programa.

"Somos muito conhecidos no circuito underground do rock, que nunca esteve tão underground. Temos um sucesso grande em Minas Gerais, mas é um Estado do País. Ainda não tocamos em metade dos Estados brasileiros e nem no eixo Rio-São Paulo. Temos um sucesso localizado, regional, e o nosso objetivo é ser a maior banda de rock do Brasil", declarou.

O baixista acredita que a Tianastácia disputa em igualdade com as outras bandas do "SuperStar". "A banda eliminada tinha tanto tempo [de experiência] quanto a gente. Todos têm a sua história, nenhuma banda surgiu ontem. A experiência faz parte do nosso currículo, mas encaramos [a disputa] como se tivéssemos 18 anos de idade, e não 18 anos de carreira", aponta. "O que vale [no programa] não é o tempo da banda, mas é a música, o impacto do momento", assegura.

"Temos um sucesso grande em Minas Gerais, mas é um Estado do País. Ainda não tocamos em metade dos Estados brasileiros e nem no eixo Rio-São Paulo. Temos um sucesso localizado, regional, e o nosso objetivo é ser a maior banda de rock do Brasil" Beto Nastácia, baixista da banda Tianastácia

Ainda em relação à trajetória da banda, Beto esclarece que o tempo de carreira deve ser visto como algo em comum na realidade de grande parte dos grupos musicais. "São poucos artistas que surgem do nada e conseguem manter uma história. A grande dificuldade e que legitima ainda mais a nossa profissão é essa persistência", enaltece.  

A respeito da popularidade da Tianastácia, que supostamente seria uma vantagem em um programa com voto do público, o baixista se recorda de um exemplo da primeira edição do programa. "No ano passado teve uma banda de forró [Bicho de Pé] tão conhecida no nordeste quanto a gente é em Minas Gerais. O histórico do programa permite isso. É a revelação de novos talentos para o Brasil", diz.

"Momento mais tenso da Tianastácia"
Beto ressalta que a o grupo mineiro formado por ele, André, Henrique, Antônio e Cadu nunca havia feito uma participação em "um grande programa da Globo", e diferenciou o desafio no "SuperStar" com o segundo lugar conquistado no Festival de Música Brasileira da emissora no ano 2000.

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"Confesso que nesses 18 anos, esta apresentação no 'SuperStar' foi a mais difícil que já fizemos. Foi o momento mais tenso da nossa carreira. No Festival da Globo, entramos defendendo uma canção ["Morte no Escadão", de José Carlos Guerreiro], como intérpretes. Não fomos nós que nos inscrevemos. Agora encaramos como um recomeço, necessário para todo artista", afirma.

Ele disse que teve receio de ser eliminado logo no primeiro programa, mas expôs que o risco é "o que alimenta o artista". "Nosso objetivo é ganhar. Se fosse uma partida de ping pong iríamos entrar para ganhar também. Entramos de corpo e alma e só de termos conseguido entrar no programa já é uma grande vitória", comemora.

Procurada pelo UOL, a Comunicação Globo afirmou que o "SuperStar é um reality musical aberto para todas as bandas do cenário cultural brasileiro, cujo resultado e permanência dependem do voto do público".
 

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