Quer saber como é o 1º episódio da 5ª fase de "Game of Thrones"? UOL conta

Ana Maria Bahiana

Do UOL, em Los Angeles

Caminhos se cruzam, tramas se definem e o universo de "Game of Thrones" começa a se contrair em "As Guerras que Virão" ("The Wars to Come"),  primeiro episódio da quinta temporada da série campeã da HBO, que estreia mundialmente dia 12 de abril. Como o próprio George R. R. Martin, criador da saga, havia dito, as histórias paralelas dos diferentes grupos de personagens que se espalhavam pelos continentes de Westeros e Essos nos primeiros três livros das "Crônicas de Gelo" e "Fogo" --na qual a série se baseia--, começam, aqui, a se unir, revelando finalmente o desenho fundamental por trás de tudo.

David Benioff e D. B. Weiss, criadores e produtores-executivos da série, sempre fizeram um ótimo trabalho em compreender, depurar e transformar a larga narrativa de Martin em precisos episódios de TV – e a quinta temporada começa exatamente neste alto nível, estabelecendo, desde o primeiro momento, onde estão os pontos de contato que vão redefinir o drama.

ALERTA: O TEXTO CONTÉM SPOILERS. SE VOCÊ NÃO QUER SABER DETALHES DA SÉRIE, NÃO LEIA.

Logo nas primeiras imagens, uma surpresa: estamos muitos anos atrás, no primeiro flash back que a série se permite mostrar. Tirada diretamente do texto de Martin, a cena nos leva à infância de Cersei Lannister que, curiosa em saber seu destino, vai com uma amiga procurar uma feiticeira na floresta. As respostas que ela recebe são o prólogo perfeito desta quinta temporada, e explicam muito do comportamento da personagem, agora novamente no trono como rainha regente, mas cercada de morte por todos os lados.

A partir daí, todos os personagens estão deslocados, em crise e transição. Tyrion (Peter Dinklage) está do outro lado do oceano, em Pentos, com Varys (Conleth Hill). Stannis Baratheon (Stephen Dillane) está em Castle Black com toda a sua entourage, ainda sonhando ser o Rei dos Sete Reinos (e tramando para isso).  Sansa Stark (Sophie Turner) está no Vale, aparentemente resignada (ou até satisfeita) em ser a aprendiz de manipulação maquiavélica de Littlefinger (Aidan Gillen). Em uma das cenas mais significativas do episódio, os caminhos dos dois se cruzam, literalmente, com os de Brienne (Gwendoline Christie) e Podrick (Daniel Portman), empenhados na missão de achar os herdeiros do Norte, a família Stark, completamente desbaratada. Daenerys Targaryen  (Emilia Clarke) ainda está em Meereen, mas um de seus dragões está sumido, e os outros dois, aparentemente, não a reconhecem mais.

Meereen, aliás, oferece as sequências mais espetaculares: a destruição da Hárpia, retirada do alto da pirâmide-mestra da cidade por ordem da nova rainha, Daenerys, e a não muito feliz reunião da Mãe dos Dragões com seus filhotes já bem crescidos –e bem rebeldes.

Algumas palavras-chave pontuam o episódio e antecipam os temas da série. Vários personagens mencionam, de formas diferentes, as "guerras que estão por vir" que dão título ao episódio. A palavra "monstros" pipoca com certa frequência –no melhor exemplo, Brienne diz, "agora todos os bons reis estão mortos, e os que restaram são monstros."

E três grandes diálogos ancoram firmemente a trama, e revelam os desenvolvimentos futuros. No primeiro, muito utilizado nos trailers, Varys explica a Tyrion por que o salvou e, mais importante, qual o seu grande plano para os Sete Reinos. No segundo, Dario (Michael Huisman) explica a Daenerys porque uma soberana deve saber se adaptar aos costumes das terras que conquista. E, finalmente, Jon Snow (Kit Harington) e Mance Rayder (Ciaran Hinds) têm uma discussão de vida ou morte (literalmente) sobre os conceitos de liberdade, lealdade , honra e orgulho. A dramática resolução dessa conversa encerra o episódio –de um modo completamente diferente dos livros.

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