! O que deu errado até agora no BBB11? - Crítica do BBB, por Mauricio Stycer - UOL BBB11
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26/01/2011 - 08h02

O que deu errado até agora no BBB11?

MAURICIO STYCER
Crítico do UOL
  • Mauricio, o segundo eliminado, se despede dos colegas que permanecem no confinamento. Eles não fazem ideia das novidades que Boninho pretende promover para agitar a casa

    Mauricio, o segundo eliminado, se despede dos colegas que permanecem no confinamento. Eles não fazem ideia das novidades que Boninho pretende promover para agitar a casa

Com audiência em queda, broncas seguidas do apresentador Pedro Bial nos participantes e a promessa da entrada de novos candidatos nos próximos dias, o BBB11 completa duas semanas em situação complicada.

O programa estreou a quatro dias do último capítulo de “Passione” e herdou parte da boa audiência que a novela de Silvio de Abreu alcançou na reta final. Com a chegada de “Insensato Coração”, que está patinando em termos de Ibope, o BBB escorregou junto.

A inédita escolha de uma transexual logo desandou. Ariadna fez de tudo para conquistar ao menos um beijo dos homens da casa, sem sucesso. Confessou às moças, então, que trabalhou como garota de programa e admitiu aos dois gays sua condição de mulher operada. Foi eliminada com 49% dos votos na primeira oportunidade, oito dias depois de chegar.
 
Outra inovação desta edição, o “sabotador”, ainda não engrenou, talvez porque nem os participantes, nem o público tenham compreendido direito do que se trata. Aliás, nem Bial parece ter sido informado de todas as regras do quadro.

Outros dois problemas têm afetado a décima-primeira edição: a falta de carisma da maior parte do elenco e o excesso de conhecimento que os candidatos têm sobre a rotina do programa.

O objetivo de promover o maior número possível de beijos e amassos sob o edredon foi quase plenamente atingido. Três casais se formaram rapidamente no programa, mas nem assim o reality decolou.

Conscientes de que um “namoro” na casa é garantia de longa permanência, os candidatos correram para formar duplas, mas soaram tão autênticos quanto nota de três dólares. Diogo e Michelly, o primeiro casal a se unir, se desfez sob reclamações da moça que seu pai não gostaria de vê-la fazendo certas coisas na televisão.

Outra estratégia que ao longo dos anos se mostrou bem-sucedida é se fingir de morto, evitar confusões e polêmicas. É a atitude que alguns candidatos, como Rodrigão, adotaram nesta versão, o que tem causado visível – e compreensível – irritação no comando do programa.

Nem a presença de dois gays assumidos e de três mulheres que já admitiram relações com outras mulheres está ajudando. Diferentemente de Serginho e Dicesar do BBB10, Lucival e Daniel são discretos e sem graça – o máximo que Mr. Edição conseguiu tirar deles foi tachá-los de fofoqueiros. Diana ainda não mostrou a coragem necessária para animar o BBB e Paula, que se declarou “tri”, não demonstra a menor vontade de ir além disso.  

Com as mudanças que promete, o comandante Boninho encara o desafio de provar que o programa será capaz de engrenar independente do elenco, com o impulso e a inventividade de sua equipe de produção, edição, roteiro e apresentação.

O discurso sem pé nem cabeça de Bial no momento da eliminação de Maurício é a prova de que o BBB pode divertir mesmo que os candidatos não façam nada. Ao falar de "camisa 9", Romário, "transar com mil mulheres" e "invenção do pinto", tudo misturado, o apresentador garantiu, ainda que involuntariamente, a alegria do espectador.

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