Para famílias, autenticidade fez grupo Ovelha virar vilão em "A Fazenda 7"
Felipe Pinheiro
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/Rede Record
Felipeh Campos e Bruna Tang, do grupo Ovelha, conversam em "A Fazenda 7"
Apesar da fama de membros do "grupo do mal", Felipeh Campos, Léo Rodriguez e Bruna Tang podem se gabar de serem sobreviventes em "A Fazenda 7". Em um mês e meio de programa, o grupo Ovelha já teve três de seus integrantes eliminados - Diego Cristo, Lorena Bueri e, na última roça, a ex-modelo Cristina Mortágua. E a julgar pelas conversas entre os peões, tudo indica que e equipe continuará sendo alvo de votos para as roças das próximas semanas.
A caça aos Ovelhas não preocupa os familiares e amigos dos componentes do grupo. Em entrevista ao UOL, eles disseram acreditar que mesmo com a maioria dos peões e parte do público contra, Bruna, Felipeh e Leo têm chances de irem longe na disputa por R$ 2 milhões, por serem autênticos. "Eles têm um estilo próprio e um carisma muito forte, diferente dos outros, que se confundem por serem mais parecidos", afirma Drico Mello, marido de Bruna Tang, ao dizer por que, em sua opinião, a equipe Ovelha passou a ser chamado de grupo do mal pelos outros peões.
Segundo o músico, guitarrista da banda Undershower, na qual sua mulher é a vocalista, a melhor palavra que define os ovelhas é "originalidade". Para ele, o fato de se destacarem incomoda os demais participantes."Todos os outros, que são 'do bem', se toleram e se veem como num espelho. O Marlos [Cruz], a Débora [Lyra], a Babi [Rossi]... são todos iguais. Não estou dizendo que [os Ovelhas] são melhores ou piores, mas é uma questão de estilo. Isso acaba criando um preconceito, o que faz parte do ser humano", avalia.
Drico não tem dúvida de que o grupo Ovelha sofre perseguição, justamente por ter participantes pouco compreendidos. "Existe uma perseguição grande. Depois que acabar o programa, eles vão ver como de fato é cada um. A Bruna tem aquele estilo de louca, mas ela é uma mãe de família. Quando saírem, eles podem até se assustar por não entenderem o estilo deles", diz.
"Ser polêmico não quer dizer ser do mal"
Amigo e assessor de Felipeh Campos, o peão mais ácido desta edição, José Carlos Muoio prefere suavizar os papéis estereotipados de bons e maus. "O Felipeh, pelo fato de falar o que pensa, é tachado de mau. Mas e os outros que não são explícitos e fazem conchavos por trás, não são do mal? Ali ninguém é anjinho. Eles estão lutando pelo prêmio", afirma.
O assessor acredita que Felipeh foi definido como vilão por sua postura no jogo, de dizer o que pensa e não temer trazer polêmicas dos peões de fora do programa. Na formação da sétima roça, Felipeh justificou o voto em MC Bruninha dizendo que ela havia se beneficiado de uma acusação de plágio feita à cantora Anitta.
"Ele adotou a estratégia de falar tudo o que sabe das pessoas. Ser do mal tem a ver com a estratégia que eles adotam lá dentro", acredita Muoio. Estratégias à parte, Felipeh é polêmico dentro ou fora do confinamento. A personalidade forte do peão é atestada por Muoio. "Ele é desse jeito, mete o pau mesmo nos programas de TV que participa e está fazendo isso lá dentro. Mas ser polêmico não quer dizer ser do mal. Ele é agressivo e em algumas horas não posso concordar. Eu jamais falaria as coisas que ele fala, mas é o jeito dele", reconhece. "Já vi tanta gente do mal, entre aspas, ganhar, vai que ele ganha, né? Ele está precisando", torce.