Para ex-BBBs, edição atual não tem naturalidade e Fernando é maior jogador
Ana Cora LimaDo UOL, no Rio
Com pouco mais de duas semanas no ar, a 15ª edição do "BBB" já pode ser considerada como a temporada dos jogadores. Pelo menos essa é a opinião de Natália Cassassola ("BBB8" e BBB13"), Nasser ("BBB13"), Monique ("BBB12"), Júnior ("BBB14") e Mirla (BBB9). Os cinco ex-participantes do programa disseram em entrevista ao UOL, que nunca antes na história do "BBB" um grupo se mostrou tão preparado para o confinamento. Na opinião deles, no entanto, falta naturalidade aos novos brothers.
"Ficou claro já no terceiro dia do programa: todos são jogadores! É bizarro como tudo é calculado. Falta espontaneidade, falta naturalidade nos romances, nas amizades e até nas alianças", afirmou Monique. Para ela, o produtor cultural Fernando é o maior jogador entre os novatos. "Ele tem uma aproximação sempre duvidosa em qualquer situação. Você nunca sabe o que ele realmente pensa ou quer", opinou a gaúcha que ficou marcada no "BBB12" por um polêmico envolvimento com o modelo Daniel Echaniz, único participante expulso da história do reality brasileiro.
Para o gaúcho Nasser, vice-campeão do "BBB13", Fernando também é o brother que mais joga na edição atual. "Ele está focado e tem uma estratégia já definida para chegar à final. Criticou tanto a primeira eliminada [Francieli], mas o que ele faz é praticamente ter o maior número de aliados no seu grupo para depois colocar um por um no paredão, afinal só um vence", explicou. Morando atualmente no Rio de Janeiro com a namorada Andressa Ganacin, que conheceu no "BBB", ele também acredita que os novatos estão mais preparados este ano. "Tenho acompanhado e sinto que tudo é muito calculado. Em poucos dias teve tudo que em outras ediçõe demorou mais a acontecer, como sexo na casa, grupos já formados, dois casais e intrigas para todos os lados. Acho que esses BBBs precisam se divertir mais, aproveitar mais o sonho de estar dentro da casa e pensar menos no que está por vir", aconselhou.
Apesar de considerar o grupo do "BBB15" "a cara do Brasil", composto por pessoas com estilos e profissões diversas, Nasser ainda não vê um favorito ao prêmio de R$ 1,5 milhão. "Acho cedo para apontar um vencedor porque, como as coisas acontecem rápido demais, uma reviravolta pode acontecer atrás da outra. Até agora nenhum deles têm a minha torcida", garantiu.
Já Junior Gianetti, um dos galãs do "BBB14", revelou total falta de empatia com os novos participantes. "Não estou torcendo por ninguém. Nenhum dos participantes ainda disse a que veio. Acredito que não sou só eu que penso assim. O último paredão foi um bom exemplo disso porque se saíssem os dois emparedados [Douglas e Adrilles] não iria fazer diferença nenhuma na casa", admitiu o paulista que torce para o programa ganhar mais força nas próximas semanas. "Por mais que o 'BBB' tenha começado quente, com sexo dos casais, com combinações de votos e a casa dividida em grupos, tudo é muito calculado. Uma pena! Quem sabe a direção dê uma chacoalhada na galera e eles acordem", desejou Junior. Diferentemente dos colegas ex-BBBs, ele não considera Fernando o vilão dessa edição. "Ele está jogando como todo mundo. Só acho que ele não faz demagogia", disse.
"Foi-se o tempo que participantes entravam sem malandragem"
Mesmo com a propriedade de quem participou de duas edições do reality show, "BBB8" e "BBB13", Natália diz que ainda não consegue perceber quem joga e quem não joga, quem está certo ou está errado. "Tudo é muito louco, tudo muda rápido demais e tudo é muito intenso. Como uma edição é sempre diferente da outra, cada participante é um participante. Não acho que tem que ter um tempo certo para acontecer as coisas. As coisas vão acontecendo no tempo da casa, no ritmo das pessoas", filosofou a ex-sister. Ela, no entanto, diz se identificar com Cézar e Tamires, mas concorda com os colegas. "Foi-se o tempo que um BBB entrava no programa totalmente sem nenhuma malandragem ou estratégia. Devo ter sido uma das últimas e na minha primeira participação", concluiu.
A paraense Mirla é outra que garante ter entrado no reality show "voando nas nuvens". Para ela, a espontaneidade dos brothers se perdeu nas últimas edições. "Todo mundo já vem com seu personagem pronto, a sua estratégia. Não é mais um reality show, um sonho ou uma conquista. É um jogo mesmo", destacou a advogada que se negou a apontar um provável vencedor nem o maior jogador. "Começou muito movimentado o programa, sim, mas não existe uma trama realmente que prenda a atenção do público, um embate forte de personalidades, ou um romance gostoso", comentou. A ex-sister, que integrou o "BBB9", no entanto, já tem uma torcida. "A única que me parece mais espontânea é Mariza. Gosto do seus erros, da coragem de voltar atrás e pedir desculpas. Ela está ali de coração aberto. Se juntou a um determinado grupo para se proteger, mas não a vejo como uma jogadora fria e calculista", opinou.