Mistura de caubói e Bambam, Cézar corre por fora para ganhar o "BBB15"

Especial para o UOL
Reprodução/Facebook
"Caubói" de Guarapuava, Cézar é aposta para levar o "BBB15"

Sempre que consultado sobre quem vencerá o "BBB", assim que começa uma nova temporada, eu me reservo a ficar na minha e deixar o jogo rolar para poder dar um palpite, até porque eu curto ver o desenrolar do programa e sei muito bem o quão imprevisível é este jogo, em que na maioria das vezes, se define o resultado na última semana.

Aquele que era apontado como grande favorito na primeira semana pode virar vilão na segunda. O casal queridinho e fofo pode ser desfeito ou enjoar o público, e tem também os que acho mais interessantes, os azarões, indivíduos que passam quase despercebidos e, quando menos se espera, chegam na final e muitas vezes ganham.
 
Dentro da mitologia "BBB", existe uma classe que sempre se destaca, a dos "caubói". Foram quatro os que passaram pela casa, dois foram vilões e dois venceram. Rodrigo Caubói venceu a segunda edição como um azarão, assim como Fael na décima segunda. Já Alberto, na sétima, foi um dos grandes responsáveis por transformar Diego Alemão em campeão, sendo seu rival. Na minha edição, a nona, tivemos a breve passagem de André Caubói, que mesmo ficando pouco tempo conseguiu se tornar persona non grata por sua conduta com Naná. Discretos, Rodrigo e Fael levaram o prêmio comendo pelas beiradas, deixando todos se autossabotarem.
 
Atualmente, faço parte de um grupo de entretenimento responsável por baladas sertanejas. Ao conhecer melhor esse universo, imediatamente percebi que a cultura do interior no Brasil é muito forte. Somos um país continente, onde a cultura de litoral é predominante, mas o sertanejo é indiscutivelmente maior. O caipira é sempre visto de forma caricata nos meios urbanos. Sou carioca e, no Rio de Janeiro, o caipira é sempre visto com certa estranheza justamente por ser nossa contracultura. Porém, é indiscutível o reconhecimento da sua hegemonia econômica, além de ter um estilo musical legitimamente brasileiro.  
 
Nesta edição, existe um representante do espírito sertanejo: Cézar, um paranaense de Guarapuava, cidade que conheço bem – tenho muitos amigos que todos os anos realizam uma grande festa temática por lá. Guarapuava é certamente uma das potências econômicas do estado e fico feliz ao saber que está sendo projetada nacionalmente por conta do seu representante no "BBB".
 
O "caubói" do "BBB15", como os outros representantes da alma caipira que estiveram naquela casa, se faz valer de todo o encanto que esta cultura nos traz. Geralmente, pensamos que o caipira é matuto, de pouco diálogo, sem muita instrução, mas Cézar prova na sua origem que nada disso procede. O caubói desta edição abusa de sua criatividade, com um vocabulário próprio, é vaidoso, sensível, tem uma forte ligação com sua família e sonha em encontrar um grande amor.
 
Conheço bem o público do "BBB" e arrisco dizer que, até então, Cézar é um dos possíveis "azarões" deste "Big Brother". Os fãs de "BBB" são, em sua grande maioria, são mulheres que adoram "adotar" caras com o perfil do Cézar: ingênuo, querido, fofo, "grandalhão" com cara de cachorro que caiu da mudança, um "Q" de menino inocente, além de ser um figuraça. Bambam tinha esse perfil e venceu no "BBB1". 
 
Desde que entrou, Cézar investe nas meninas da casa, tentando assim ter um par. O alvo no momento é Tamires, que ele afirma "ser gente boa, com coração puro e verdadeiro". Tamires correspondeu num outro momento, dizendo: "Do jeito que estou, até pensaria".
 
Dependendo do desenrolar dessa situação e se de fato Cézar e Tamires formarem um casal, já visualizo os dois na final. Talvez possamos ter um terceiro "caubói" campeão, mas como o "BBB" é um jogo totalmente imprevisível, só nos resta especular e aguardar. Façam suas apostas, eu já fiz a minha!
 
Valeu, turma, e até o próximo!