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31/08/2007 - 19h25

"Queria ser um mutante para destruir as más intenções", diz Leonardo Vieira

ELLEN SOARES
Colaboração para o UOL, do Rio de Janeiro

Divulgação

Leonardo Vieria é o policial federal Marcelo

Após interpretar o bandido Lopo, em "Prova de Amor", Leonardo Vieira viverá o seu oposto em "Caminhos do Coração", a nova novela da Record: ele é o policial federal Marcelo, o mocinho que perde a mulher Mabel assassinada, tem que lidar com uma filha mutante que ainda não sabe controlar seus poderes telecinéticos [mover objetos pelo poder da mente] e ainda foge da implacável perseguição do policial Taveira (Gabriel Braga Nunes).

A novela, que mistura realismo fantástico e comédia romântica a uma trama policial com muita ação, vai exigir um ótimo condicionamento físico do ator que malha corre e luta para se manter em forma. Apesar de todas as dificuldades que enfrentará, o protagonista da história vai usar seu talento profissional para descobrir os segredos do projeto DNA e desvendar os assassinatos.

"O diferencial desse personagem é ele ser um mocinho de ação. Ele é um herói ativo e que está sempre em busca da justiça", explica o ator, que também gostaria de ser um mutante: "Adoraria ter algum dom. Principalmente o poder de destruir as más intenções, antes mesmo de elas se materializarem --seria fantástico".

Pergunta - O que curte no Marcelo?
Leonardo Vieira - O diferencial do Marcelo é que, apesar de ser mocinho e herói romântico, ele também é um personagem de ação. Por isso, é bem diferente de outros mocinhos e personagens românticos de novelas. Lidar com a bandidagem, essa coisa de polícia e justiça, também é bem gostoso.

Pergunta - Fez alguma preparação para o personagem?
Vieira - A preparação física eu já faço naturalmente, no meu dia-a-dia. Sou atleta e adoro esportes: faço Muay Thai [luta], musculação e corro. Então já tenho uma resistência e preparo físico muito legal para o personagem. E vou precisar porque vai haver muita correria, cenas de briga e ação.

Pergunta - O personagem é um policial. Você teve problema para usar uma arma?
Não, apesar de sempre ter detestado arma. Desde pequeno lido com elas, então sei pegar, carregar e usar. Meu irmão gostava de caçar, meu avô e toda a minha família gosta de armas. Mas a gente não é bandido (risos). Só usávamos por esporte. Eu manipulei muita espingarda. E quando criança dei muito tiro de chumbinho, sempre em latas --nunca consegui atirar num passarinho sequer e não consigo nem matar uma mosca.

Pergunta - O fato de perder a mulher assassinada e de ter uma filha mutante torna o personagem amargo, ou pra baixo?
Vieira - Não, acho que ele não traz essa carga. Ele lida com a tragédia sem amargura e acho que vai conseguir superar tudo, principalmente por causa da filha. Ele não quer mostrar fraqueza para a menina --tenho construído dessa forma. Ele se emociona mais quando a menina não está por perto, na presença dela ele tenta se manter firme como um pilar de sustentação.

Pergunta - Quem é o antagonista da trama?
Vieira - O Marcelo será perseguido pelo Taveira (Gabriel Braga Nunes) que acha que ele matou a própria mulher. Ele vai ter que se esconder e estar sempre fugindo para poder buscar a justiça, descobrir os crimes, e o segredo que envolve os mutantes.

Pergunta - Como ele vai lidar com os poderes telecinéticos descontrolados da filha?
Nunca com rejeição. Ele é louco pela menina e tentará ajudar de todas as maneiras. Ele vai em busca de soluções e fica superfeliz quando descobre que existem outros mutantes, além da filha. Porque ela se sentia muito sozinha, muito diferente dos outros, principalmente depois da morte da mãe. E todos queremos fazer parte de um grupo, ter semelhantes.

Pergunta - Que tipos de conflitos o dom de sua filha vai gerar?
Vieira - A falta de controle sobre a telecinese vai levar a destruíção de restaurante e até explosão avião. Mas acho que com o tempo ela vai aprender a administrar e conseguir controlar os objetos, mesmo quando não estiver se sentindo calma ou tranqüila.

Pergunta - Está gostando de trabalhar com crianças?
Vieira - Gosto muito de crianças, me dou muito bem com elas -- principalmente com a Letícia que é uma menina excepcional. Por enquanto, na novela só atuei com ela. Conheço a Shailinha e Julinha que trabalharam na outra novela, mas lá a relação era completamente diferente porque as crianças tinham medo de mim. Por causa do meu personagem Lopo, que era bandido. Quando eu chegava ao estúdio elas ficavam quietíssimas, de tão assustadas.

Pergunta - Você tem filhos?
Vieira - Não. E pra ser sincero não tenho muita vontade de ter. Gosto muito do filho dos outros mesmo (risos). Mas me dou bem com crianças.

Pergunta - Prefere fazer mocinhos ou vilões?
Vieira - Acho que o legal é diversificar, manter a riqueza de possibilidades. Estou fazendo o mocinho agora porque o Tiago [Santiago ,autor da novela] me convidou. Mas nada me impede de amanhã estar vivendo outro vilão, um drogado, ou ainda um psicótico.

Pergunta - É difícil acabar de interpretar um bandido e partir para um policial?
Vieira - Não. O Lopo era um personagem fascinante, porque eu nunca tinha feito um vilão. Já o Marcelo é superinteressante por ser um mocinho envolvido em ação e ficção científica. Tá sendo novo lidar com mutantes --nunca fiz isso. É legal, um universo novo de dramaturgia. Esses ingredientes dão um novo estímulo.

Pergunta - Você gostaria de ter algum poder mutante?
Vieira - Adoraria. Queria ter o poder de destruir as más intenções, antes delas se materializarem - seria fantástico.


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