Babilônia

Bruno Gagliasso elege três suspeitos de matar Murilo em "Babilônia"

Felipe Abílio

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Instagram/brunogagliasso

    "Dia intenso", escreveu diz Bruno Gagliasso nos bastidores da reta final de "Babilônia"

    "Dia intenso", escreveu diz Bruno Gagliasso nos bastidores da reta final de "Babilônia"

Anunciada para os próximos capítulos de "Babilônia", a morte de Murilo (Bruno Gagliasso) será a fonte do principal mistério da novela em sua reta final. Assim como o público, o ator ainda não sabe quem será o assassino, mas aposta suas fichas em três mulheres da trama como autoras do crime.

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"A gente não gravou ainda, mas qualquer um do elenco que for o assassino será bom. O elenco é incrível, todos bons atores. Tenho três suspeitos, acho que tem três possibilidades: a Beatriz (Glória Pires), a Alice (Sophie Charlotte) ou a Cris (Tainá Müller)", disse o ator de 33 anos, durante um evento em uma barbearia em São Paulo nesta quinta-feira (6).

Conhecido por gostar de personagens complexos e se dedicar ao processo de construção de cada trabalho, Bruno foi escalado para viver um aliciador de mulheres, mas viu Murilo sofrer algumas mudanças na trama. No entanto, o intérprete garante que o cafetão nunca deixou de ser mau-caráter. Segundo ele, a fase bom moço não entra na lista das diversas alterações na história para recuperar a audiência perdida - ao contrário, foi uma estratégia adotada pelos autores Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga.

"Especularam mais sobre essa mudança do que de fato aconteceu. O próprio Ricardo Linhares deu uma declaração falando que o Murilo estava fingindo esse tempo todo, ele continuou agenciando. Não foi mostrado, mas foi falado. Sempre o fiz como um agenciador, então não mudou muito", afirmou.

Minimizando os baixos índices de audiência obtidos pela novela, o ator garante que tem orgulho do barulho que a trama fez logo no primeiro capítulo com o polêmico beijo lésbico entre as personagens de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg e que continua fazendo com outras histórias.

"Talvez, se não tivesse tido a oportunidade de falar sobre isso, a gente não teria noção da realidade da sociedade que a gente está vivendo hoje. Estamos vivendo um momento careta, a maior prova disso foi a reação das pessoas. Não é nesta sociedade que eu quero criar meus filhos, minha função como ator é justamente bater o pé, para que as pessoas possam ser como elas são. Quero fazer com que elas reflitam, mudem, se transformem, fazer a cabeça das pessoas. Essa novela teve o papel de fazer com que as pessoas olhassem o outro, quem está do seu lado", disse.

Por conta do boicote que "Babilônia" estava enfrentando por conta público mais conservador, Bruno chegou a declarar, durante seu discurso no Prêmio Contigo! em junho deste ano, que deixaria de atuar se sua arte deixasse de transformar. Questionado se já pensou seriamente sobre isso, ele responsabilizou a censura por tirar sua vontade de trabalhar.

 "O que eu quero é fazer arte, e não cabe censura. Se eu posso transformar através do meu trabalho, é isso que eu quero. Quero que as pessoas cresçam através da minha arte", afirmou.

Irônico, o ator contou qual o desfecho para Murilo ele gostaria de ver no ar, comparando com a situação do Brasil atualmente: "Ele teria que se dar bem, sair do país cheio da grana, teria mais a ver com o momento que estamos vivendo".

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