I Love Paraisópolis

Personalidade forte torna mais difícil trabalho de atriz, diz Tatá Werneck

Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

  • Zé Paulo Cardeal/TV Globo

    Tatá Werneck como Danda em "I Love Paraisópolis"

    Tatá Werneck como Danda em "I Love Paraisópolis"

A lenda diz que comediantes são mal-humorados na vida real, mas quem espalhou o boato nunca entrevistou Tatá Werneck. A cada frase séria, ela emenda uma piada, e dribla até assuntos que lhe deixam constrangida, como os rumores de namoro com o ator Renato Góes, com tiradas espirituosas. E, por incrível que pareça, o lado brincalhão da apresentadora do "Tudo pela Audiência", conhecido do público desde os tempos da MTV, é que torna seu trabalho como atriz mais desafiador.

No ar como a Danda de "I Love Paraisópolis", ela sabe que as comparações com a Valdirene de "Amor à Vida", sua primeira personagem em novelas, são inevitáveis. Pacientemente, ela explica que as duas trilharão caminhos bem distintos.

"É uma construção totalmente diferente, Valdirene era mais cômica. A Danda conta uma história, tem suas frustrações, é uma personagem com outro tom", explica.

Na hora de eleger qual atividade curte mais, ela fica em cima do muro. "Amo apresentar e amo fazer novela, mas isso acaba tendo um risco também. As pessoas me conhecem muito como Tatá, tenho uma personalidade forte. É mais difícil dar credibilidade para o personagem porque conhecem muito minha assinatura. É um trabalho redobrado", reconhece.
 
Zé Paulo Cardeal/TV Globo
Danda (Tatá Werneck) e Mari (Bruna Marquezine) fazem compras em cena da novela
 
Mais loira e "mais magra", como ela faz questão de frisar, para viver a jovem de Paraisópolis, Tatá se tornou amiga de Bruna Marquezine em pouco tempo. Em Nova York, onde foram gravadas algumas cenas das duas irmãs de criação, a dupla torrou cartões de créditos em compras desenfreadas durante as folgas, mas também passou perrengue para aparecer bem na TV.
 
"Foi sinistro, estava menos 15 graus! Não levei meia, a pessoa sabe fazer mala, né? Passei por momento que só Deus. A gente usava  três calcas legging, dois jeans, uma bota. Chega uma hora que é tanto frio que você sente dor. Eu e Bruna fazendo uma cena engraçada, mas eu nem sentia meus dedos. Mas ficou lindo", diz ela.
 
Embora se defendam com unhas e dentes, as duas personagens divergem em praticamente tudo. Segundo a intérprete, Marizete é mais racional, enquanto Danda é totalmente impulsiva. "Ela tem umas doideirazinhas. Sempre ponho um pouco de loucura nas minhas personagens, porque não acredito em ninguém chapado, sem contradições", explica ela, que interpreta uma mulher mais jovem na trama.
 
"A Mari quer ir pra Nova York, ela vai também. É uma inconsequência da juventude. Ela tem uns 25, eu vou fazer 32. E a Bruna tem 19. Às vezes bate até depressão, acorda gata. E eu me pergunto: por que uns têm tanto e outros tão pouco?", brinca.
 
Na história, a jovem terá o coração disputado por Lindomar (Gil Coelho) e Cícero (Danton Mello). "Vai ser um triângulo amoroso. O Cícero é um cara correto e Lindomar é o amor dela, que fica meio na dúvida", conta.

Divulgação/Multishow
Fábio Porchat e Tatá Werneck apresentam o "Tudo Pela Audiência"

A novela mal começou, mas Tatá já tem uma agenda toda programada para assim que acabarem as gravações: participação em "Vai que Cola", um longa-metragem, em que vai interpretar uma mulher com TOC, e uma nova temporada do "Tudo pela Audiência".
 
"Durante 'Amor à Vida', fiquei seis meses sem folga, usava todos os meus dias livres para o programa", lembra ela, que diz que a química com Porchat é uma das razões para a popularidade do programa. "Não sei se agrada a todos, é um humor um pouquinho perigoso. Mas os jovens adoram", diz. 
 

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