I Love Paraisópolis

"Tenho que contrair o músculo", diz Letícia Spiller sobre sotaque paulista
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Amanda Serra

Do UOL, em São Paulo

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Bastidores de "I Love Paraisópolis"; nova novela das sete25 fotos

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A atriz Letícia Spiller na pele de Soraya em "I Love Paraisópolis", nova novela das sete Imagem: Globo/Zé Paulo Cardeal

Com apenas 20 dias de férias após deixar "Boogie Oogie", e emendando uma novela atrás da outra desde 2012, Letícia Spiller volta ao ar a partir do dia 11 de maio em "I Love Paraisópolis", próxima trama das sete da Globo. Ela será Soraya, a vilã com ares de perua.

Para compor a empresária do Morumbi (bairro da Zona Sul de São Paulo), dona de uma empresa de arquitetura, Letícia está tendo que se adaptar não só com o visual, mas, principalmente, com o sotaque.

"É difícil, porque é tão diferente de mim, sou super simples, zen e ela não. Como na TV não tem muito tempo, o figurino ajuda a compor a personagem. A prosódia também é diferente e exige uma atenção, tenho que contrair o períneo [conjunto de músculos], igual quando a gente fala inglês, é outro músculo que usamos para falar [como paulistana]. Outro dia, meu ar já tinha ido embora e tive que fazer uma contração a mais pra não errar", brincou a atriz carioca durante gravação no aeroporto de Guarulhos. 

Na trama de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, Soraya será a mãe super protetora de Benjamin (Mauricio Destri) e travará uma briga com ele por conta do romance com Marizete (Bruna Marquezine), jovem moradora de Paraisópolis. "É uma vilã, mas ao mesmo tempo é mãe. Ela acha que tudo que ela faz é para o bem, ela tem um amor desmedido por esse filho Benjamin, mas nem tudo que ela faz é legal", adiantou Letícia que tem buscado inspiração na própria maternidade - na vida real ela é mãe de Pedro e Stella.

"Levo meu lado maternal, a personagem acaba se encontrando comigo em algum momento na questão do afeto – ela faz carinho, beija, agarra o filho, é exagerada de verdade. Mas a Soraya compete com as namoradas do filho, ela é terrível, acha que o melhor para Benjamin é estar junto a ela na Pilartex (empresa da família), não quer que ele voe tanto", completou.

No folhetim, Letícia se casará com o cunhado, Gabriel (Henri Castelli), logo após a morte de seu marido e a partir daí já teremos um mistério rondando a vida da socialite, que só pensa em transformar Paraisópolis em um grande complexo de condomínios.

"Ela ter casado com o cunhado é algo bem Shakespeariano [referência ao escritor inglês William Shakespeare], assim como toda vilã, tem sempre um que de personagem de Shakespeare, tem uma loucura nela que nem sempre é visível, existe um destempero", contou ela, deixando a entender que Soraya pode ter matado ou ajudado a assassinar o pai de Benjamin. "Não que ela tenha feito [cometido o crime], mas poderia fazer", acrescentou.

Com 21 anos de carreira, Letícia fez uma retrospectiva de seus principais papeis na TV, incluindo Babalu de "Quatro por Quatro" (1994), Giovanna Berdinazzi de "O Rei do Gado" (1996) e Maria Regina de "Suave Veneno" (1999).

"A Letícia da época da Babalu não tinha experiência, mas tinha garra, era meu primeiro trabalho com grande responsabilidade. A Maria Regina também exigiu demais, porque existia esse distanciamento [da minha personalidade]. Sou mais próxima da Babalu, por conta da simplicidade, de gostar de samba, sou pé no chão. Em 'O Rei do Gado', artisticamente falando,  era teatro e cinema dentro da TV, tinha profundidade. Gostei de fazer uma mulher da terra, das origens do Brasil, tinha um trabalho de prosódia longe da realidade urbana", avaliou.

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Conheça Paraisópolis, novo cenário da novela das sete da Globo24 fotos

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