Mãe do dançarino DG contesta laudo da perícia sobre morte

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Globo

    Mãe do dançarino DG contesta laudo da perícia sobre morte

    Mãe do dançarino DG contesta laudo da perícia sobre morte

Maria de Fátima Silva, mãe do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, também conhecido como DG, morto na favela Pavão-Pavãozinho, em abril de 2014, discordou do laudo da perícia da polícia civil.

"Foi concluído, mas que apareça o restante da verdade. Ainda falta. Ele não pulou, não andou em telhado. Douglas morreu no corredor. Douglas foi plantado naquele lugar, onde o corpo estava. Ele foi colocado ali. Ele não morreu no alto. Ele levou um tiro a queima-roupa", desabafou Maria de Fátima em entrevista ao "RJTV", da Globo.

Mesmo assim, a mãe do dançarino disse estar "feliz em saber de que ele [o filho] sai da condição de marginal para vítima".

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito que apura a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, 26, Segundo o "Jornal Nacional", também da TV Globo, o soldado Walter Saldanha Correa Júnior foi indiciado pelo homicídio e terá sua prisão pedida nesta quarta-feira (4) pelo delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª DP (Ipanema). Outros seis policiais militares foram indiciados por falso testemunho e prevaricação. Dois PMs foram inocentados.

O laudo da necropsia diz que Douglas foi atingido por um tiro nas costas, de baixo para cima. O projétil destruiu o pulmão e chegou próximo ao ombro.

Douglas foi morto em uma ação policial em abril do ano passado na favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio. Na ocasião, policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) travavam um confronto com traficantes de drogas.

DG trabalhou durante quatro anos no "Esquenta", da Globo, ao lado de Regina Casé. Após a sua morte, a apresentadora fez uma homenagem ao dançarino com um discurso emocionado. "O programa era para ser só alegria, mas a realidade da periferia brasileira se impõe sobre os assuntos discutidos. Não escolhi fazer um programa jornalístico. Hoje, infelizmente, não vamos colocar no ar o programa lindo que já estava pronto. Saímos do velório sem conseguir pensar em nada, mas precisando pensar em tudo", disse Regina, na ocasião.

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