Médicos de Rivers não notaram sinais de deterioração vital, diz relatório

Do UOL, em São Paulo

Os médicos responsáveis pela cirurgia que levou a atriz e comediante Joan Rivers à morte cometeram uma série de erros durante o procedimento, incluindo não notar sinais de que a saúde dela estava se deteriorando. A conclusão veio de investigadores do Departamento de Saúde do Estado de Nova York, que divulgaram um relatório sobre o caso na última segunda-feira (10), informaram a agência Associated Press e a revista "People".

Rivers, 81, morreu no dia 4 de setembro, após complicações durante uma cirurgia das cordas vocais na clínica Yorkville Endoscopy. O relatório das autoridades concluiu que a clínica "falhou em identificar a deterioração dos sinais vitais e intervir a tempo" e numerou outros problemas da equipe.

Segundo os investigadores, foram encontradas informações conflitantes a respeito da quantidade do sedativo Propofol aplicada em Rivers. E a humorista foi submetida tanto a uma endoscopia quanto a uma laringoscopia apesar de ter dado o consentimento apenas para o primeiro procedimento.

Outra irregularidade diz respeito ao próprio médico responsável pela cirurgia, que não tinha permissão para operar na clínica. O relatório ainda notou que um membro da equipe tirou uma foto de Rivers desacordada durante a cirurgia, em uma violação à política do estabelecimento.

As autoridades deram à clínica um prazo para corrigir os problemas, até o dia 7 de janeiro. Caso o estabelecimento siga as orientações, ele não será descredenciado do Medicare, plano de saúde do governo norte-americano.

O escritório de advocacia que representa Melissa Rivers, filha de Joan, se pronunciou sobre o caso. "Nossa cliente está terrivelmente decepcionada por saber das múltiplas falhas por parte da equipe médica e da clínica, conforme evidenciadas pelo relatório. Como qualquer um de nós, a Srta. Rivers está indignada com a má conduta e o mau gerenciamento que ocorreram antes, durante e após o procedimento".

Em um relatório divulgado por uma junta médica no início de outubro, foi revelado que a causa da morte da humorista foi encefalopatia anóxica, uma condição causada quando o tecido cerebral é privado de oxigênio e há danos cerebrais.

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