Alto Astral

Em festa, Christiane Torloni compara "Alto Astral" com "A Viagem"

Felipe Carvalho

Do UOL, em São Paulo

No ar na reprise de "A Viagem", Christiane Torloni está em mais uma novela espiritualista, a nova das sete, "Alto Astral". Na festa de lançamento da trama na Casa das Caldeiras, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na noite deste sábado (18), a atriz fez uma comparação entre os dois folhetins e disse que um tem características do outro.

"Não acho que seja de graça que, neste momento, tenha uma outra novela espiritualista. O brasileiro tem esse lado muito forte. É uma herança bacana que a Andrea Maltarolli nos deixou", comentou ela, citando a autora de "Beleza Pura" morta em 2009, idealizadora da trama.

Ainda sobre "A Viagem", a intérprete de Diná lembrou com saudosismo da novela e se impressiona que as pessoas ainda assistem uma história reprisada pela terceira vez.

"Tem várias gerações que veem. As crianças têm grande resistência de falar em morte, mas o tema mostrava a morte de uma maneira muito bonita. A primeira vez que passou eu peguei elevador e me perguntaram 'o céu é assim mesmo?' e eu respondi 'olha, se for eu vou comprar um ticket rápido'. A Ivani Ribeiro tinha um vetor que pegava um grande público infanto-juvenil", comentou.

Espiritualista confessa, Christiane se recordou que estudou muito o espiritismo, segundo Allan Kardec para fazer "A Viagem". "Fui criada dentro do catolicismo e sou cristã. Quem é criada dentro desta religião é espiritualista consequentemente. Quando fizemos a novela, estudamos muito o kardecismo, todos tiveram de estudar e foi muito bom."

Futuro profissional

Nostálgica, ela disse que gostaria de também rever a novela "A Gata Comeu", outra trama que foi protagonista. Já sobre seu futuro profissional, ela salientou que ser a profissão de atriz tem um grande bônus por não ter idade pré-definida para trabalhar.

"Se você conseguir manter a saúde estável, pode trabalhar até os 90 anos. Sempre tem uma adolescente rebelde, umas peruas, as mães, as avós, bisavós e vamos torcendo para ter saúde como Sérgio Brito e Tônia Carreiro. Se você tiver memória, tem papel. Vou seguir trabalhando. Não sei fazer outra coisa."

Tendo já interpretado vários papéis na televisão, Christiane não consegue determinar um personagem que ainda gostaria de fazer.

"Há anos fiz a Selminha de 'O Beijo no Asfalto' e tive de fazer um teste porque achavam que eu não conseguiria fazer. Todas as personagens dele são suburbanas. Fiz o teste e passei. As pessoas têm uma tendência de achar que você tem um physique du rôle. O bacana é ter desafio. Fazer a Tereza Cristina (de 'Fina Estampa') foi um grande desafio porque tinha de ter muito adereço e tinha de chegar no coração das pessoas. Como fazer isso?", questionou.

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