Um executivo da HBO defendeu a exibição de cenas fortes de sexo e violência em "Game Of Thrones" em entrevista ao jornal "The Guardian". Em resposta às críticas que a série sofre desde sua estreia por suas cenas mais despudoradas, Michael Lombardo, presidente de programação da HBO, afirmou que elas não são gratuitas.

"Eu pessoalmente não me vejo como um libertino. Não acho que as cenas tenham sido feitas sem propósito. Dan [Weiss] e Dave [Benioff] são dois homens sérios e atenciosos. Eles têm os livros como mapa. E eles envolvem guerra, violência e sexo. Nós certamente não demos a eles um recado ou um decreto dizendo que eles precisam diminuir o conteúdo sexual do programa", afirmou Lombardo.

 O executivo também comentou sobre uma cena polêmica de quarta temporada, em que Jaime estupra sua irmã e amante, Cersei (Lena Headey). "Eu reconheço que houve controvérsia e que isso gerou um debate sobre o que é sexo consensual e o que não é. Os responsáveis pela programação têm duas responsabilidades: Ser responsável, não exibir sexo e violência gratuitamente. Isso com certeza não é o que fazemos. E ao mesmo tempo, nós não queremos ser censores que inibem o autêntico processo criativo orgânico policiando quantos peitos devem aparecer em um programa".

Lombardo ainda ressaltou que na TV paga há mais liberdade do que na TV aberta e reforçou que não tem a intenção de censurar os autores da série. "Nossos assinantes pagam por programas sem censura. Meu trabalho é ficar em contato com forças criativas responsáveis. E se eu estou fazendo isso, eu confio nas decisões deles sobre o que é apropriado para os personagens ou não. E sinto que nós fizemos a escolha certa com Dan e Dave. Enquanto eu sentir que o programa não quer atrair os espectadores com sexo e violência, eu não vou bancar o policial".