Vinte anos se passaram desde a estreia do "Castelo Rá-Tim-Bum", mas os fiéis telespectadores do programa ainda se lembram de quando contavam os minutos para ouvir "plift ploft still, a porta de abriu" e se encantar com magia dos personagens carismáticos.

Um deles era o menino Pedro, interpretado por Luciano Amaral. Para o ator, que já era conhecido do público por dar vida a Lucas Silva e Silva no seriado "Mundo da Lua", exibido pela TV Cultura em 1992, o "Castelo Rá-Tim-Bum" é um clássico.

"O programa conseguiu de maneira primorosa juntar entretenimento, educação e formação. E é sucesso até hoje entre adultos e crianças. É um orgulho tão grande ter feito parte. O programa deixou um carinho enorme", disse o ator em entrevista ao UOL.

A história do "Castelo Rá-Tim-Bum gira em torno de Nino (Cássio Scapin), que mora com seus tios bruxos Dr. Victor Victorious (Sérgio Mamberti) e Morgana Victorius (Rosi Campos) em um castelo mágico com animais falantes e seres fantásticos. O menino de 300 anos atrai por meio de um feitiço três crianças para o castelo: Pedro (Luciano Amaral), Biba (Cinthya Rachel) e Zequinha (Freddy Állan).

"Era um elenco primoroso. A gente se divertia demais juntos. Era total dedicação e paixão", lembrou o ator, que atualmente apresenta o programa de tecnologia e games 'MOK', no canal de TV a cabo Play TV.

Luciano Amaral fez um enorme sucesso ao protagonizar o menino que mantinha um diário eletrônico no seriado "Mundo da Lua". Dois anos após o fim da série, deu vida ao Pedro, no "Castelo Rá-Tim-Bum". Ele contou que na época as crianças ainda o associavam com o antigo personagem. 

"As crianças demoraram para diferenciar um personagem do outro. Elas cresceram comigo. E eu tenho muito orgulho disso", afirmou Luciano.

Em homenagem aos 20 anos do "Castelo Rá-Tim-Bum", o MIS (Museu da Imagem e do Som) está com a exposição com fotos, objetos de cena, figurinos, depoimentos dos atores, entre outros. Devido ao sucesso da exposição, com direito a filas quilométricas diariamente, o museu estendeu os horários de visita. Até om final da exposição, em setembro, o MIS ficará aberto das 9h às 23h aos sábados e das 9h às 20h aos domingos. 

Outros atores falam do programa

Greg Salibian/Folhapress e TV Cultura O programa é clássico único que conseguiu de maneira primorosa juntar entretenimento, educação e formação. A exposição no MIS é muito gratificante. O 'Castelo' é uma referência nacional, formou gerações e continua muito vivo. Nunca existiu nada parecido para as crianças. A qualidade que foi feita é de nível internacional. Me dá orgulho de ter participado de um processo tão rico, que formou gerações Sérgio Mamberti, o Doutor Victor

Reprodução/TV Cultura Eu tinha acabado de começar a fazer televisão e errava demais, mas todos me ajudavam. E várias meninas já me falaram que tornaram-se jornalistas por causa da Penélope. Isso é gratificante. Relembrar os momentos na exposição do MIS é emocionante. Eu só não chorei porque sou profissional Angela Dip, a repórter Penélope

Reprodução/Youtube e TV Cultura O Castelo desenvolveu o raciocínio das crianças, com personagens ricos e importantes. O programa poderia ter continuado. Sinto muita saudade. Gravamos 90 episódios, mas poderia ter sido bem mais. As gravações eram ótimas. Um episódio que me lembro era quando o Dr. Abobrinha (Pascoal da Conceição) se vestiu de Bongo para enganar as crianças. Quando o vi caracterizado com o meu personagem, eu ri tanto que não conseguia gravar Eduardo Silva, o Bongo