Publicitários criam perfil da gêmea boa de Rachel Sheherazade: Ruth

James Cimino

Do UOL, em São Paulo

Quem assistiu à novela "Mulheres de Areia" sabe muito bem que Ruth era a gêmea boa e que Raquel era a gêmea má. Com base nisso, os publicitários Pedro Felipe, Renato Bacon, Rafael Brasil e Michel Ribeiro criaram no Facebook um perfil falso chamado Ruth Sheherazade, em que satirizam os discursos e editoriais da âncora do SBT, Rachel Sheherazade, que ganhou projeção nacional na semana passada ao dizer que entendia a ação de justiceiros que prenderam um menor infrator em um poste no Rio de Janeiro.

  • Reprodução/Facebook

    Página de Ruth Sheherazade mistura sátira política à novela "Mulheres de Areia"

A página, criada nesta terça (11), já tem mais de 20 mil seguidores e mostra montagens fotográficas de Ruth, sempre sorridente e com uma flor no cabelo, fazendo comentários sobre casamento gay ("Sou contra, se a festa não for um arraso!"), Carnaval ("Carnaval? Tô fora. Fora de casa! Vou pra folia beijar muito!!!!") e rolezinhos ("Se tem uma coisa errada nos rolezinhos... É não me convidarem... #adoro")

Em entrevista ao UOL, Pedro Felipe conta como surgiu a brincadeira. "O Bacon tuitou: 'essa Rachel é muito má. Chamem a Ruthinha.' Foi o suficiente. Já até conversamos com a Dilma Bolada."

  • Reprodução/Facebook

    Ruth Sheherazade faz campanha pela adoção, por casais gays, de crianças abandonadas

Pedro conta ainda por que decidiu satirizar a jornalista. "Ora, ela se posiciona como uma pessoa má, não como uma pessoa 'de bem' que ela diz ser. Agora, acho que censurá-la não é o caminho. Ao mesmo tempo, penso que deveria ter o mesmo espaço para pessoas com o pensamento oposto ao dela. Nosso objetivo não é ofendê-la, é fazê-la pensar o quanto suas opiniões são surreais e, também, não sermos processados ", diz aos risos.

Entenda o caso

No jornal "SBT Brasil", da última terça-feira, 4, a jornalista exaltou a atitude de "justiceiros", do bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, que tiraram a roupa de um menor suspeito de praticar crimes na região, cortaram parte da sua orelha e o acorrentaram pelo pescoço a um poste.

Ao comentar a notícia, a âncora do telejornal classificou a atitude como uma "legítima defesa coletiva" e, em tom irônico, lançou a campanha "Adote um marginal", dirigindo seus comentários aos que condenaram a violência cometida contra menor.

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