Nova série mostra a história real de "burguesa" americana que ficou 15 meses em presídio
James Cimino
Do UOL, em São Paulo
Quem vê a escritora Piper Kerman sentada elegantemente para a rodada de entrevistas durante o lançamento da série "Orange is the New Black", no hotel Unique em São Paulo, não imagina que ela passou pouco mais de um ano em um presídio feminino dos Estados Unidos.
Da traumática e edificante experiência, escreveu o livro de memórias que deu origem à série cuja primeira temporada está integralmente disponível no Netflix (serviço on-line de exibição de filmes e séries).
"Eu fui para a prisão devido a um delito relacionado a drogas que eu havia cometido dez anos antes de ser presa. Quando eu cruzei os portões do presídio eu era uma pessoa totalmente diferente do que eu era quando eu me envolvi com o crime...", declarou a autora.
A coragem de relatar seu drama, segundo a escritora, surgiu de sua indignação com a situação de suas colegas de cárcere. "Nos Estados Unidos, o que coloca as mulheres na cadeia muito frequentemente são coisas que aconteceram com seus maridos e namorados, que se envolvem com o crime e que acabam arrastando-as junto. Isso é muito trágico", disse.
Apesar dos dramas, "Orange is the New Black" (Laranja É o Novo Preto) é uma tragicomédia. A começar pelo título, uma piada com a cor do uniforme das detentas. A série mostra, a cada episódio, a história de cada uma dessas prisioneiras entrelaçada à vida de Piper, que na série é interpretada pela atriz Taylor Schilling.
Adaptada para a TV por Jenji Kohan, a mesma criadora da premiada série "Weeds", "Orange" traz em seu elenco a atriz Laura Prepon (a Donna de "That 70´s Show") e o astro da trilogia "American Pie", Jason Biggs, que interpreta o noivo de Piper.
Biggs e sua colega de elenco, a atriz Danielle Brooks, que interpreta uma das presidiárias, conversaram com exclusividade com o UOL sobre essa história que estreou no último dia 11 e que já é o programa mais assistido do Netflix.