Balacobaco

Bruno Ferrari faz o seu primeiro vilão em "Balacobaco", que estreia nesta quinta (4)

Rodrigo Monteiro

Do UOL, no Rio

Depois de viver o mulherengo Rodrigo Ávila, de “A Bela e a Feia”, personagem que lhe deu o Troféu Imprensa 2009 de melhor ator (prêmio dividido com Tony Ramos, de “Caminho das Índias”), Bruno Ferrari, 30, vai ter outro desafio. Em "Balacobaco", ele vai dar vida a Norberto, seu primeiro vilão na televisão. A nova trama da Record, que estreia nesta quinta-feira (4) às 22h15, é a oitava novela do  ator.

“O legal de fazer um vilão é que ele acaba fazendo tudo o que as outras pessoas querem fazer, mas não fazem por causa das normas sociais. Há muita gente aí parecida com ele na vida real. Mais do que a gente imagina”, contou Bruno, que estreou nas novelas há dez anos, em “Sabor da Paixão”, de Ana Maria Moretzsohn.

Dirigida por Edson Spinello e escrita por Gisele Joras, "Balacobaco" vai começar com Norberto sonhando com a morte de Eduardo (Victor Pecoraro), filho da esposa atual (Lu Grimaldi) de seu pai (Luiz Guilherme). Noberto não se conforma com o fato de não ter tido o mesmo capital de investimento inicial que Eduardo para a abertura da Aventura Radical, uma empresa de turismo ecológico.

Em entrevista para o UOL, o ator revelou que seu personagem é muito egoísta. "O Noberto tem muita raiva do Eduardo. Ele é cheio de ambição", descreveu.

Além do problema da divisão das ações de Aventura Radical, o personagem também se ressente de Eduardo porque Fabiana (Alice Assef), sua antiga paixão, o tenha trocado pelo sócio e que os dois agora estejam namorando a sério. Diva (Bárbara Borges), sua namorada, morre de ciúmes. No primeiro capítulo, ela sugere que Noberto consulte a cartomante Madame Zenaide (Solange Couto) a respeito de um sonho que ele teve.

“Trabalhei com a Bárbara em “A Bela e a Feia”. Aos poucos a gente, está se encaixando. Adoro também o trabalho com o Luiz Guilherme, que faz o meu pai. A gente está se adaptando, conhecendo os personagens, os ritmos de cada um de trabalhar”, disse Ferrari.

No teatro, Bruno Ferrari está no elenco de “Não Sobre Os Rouxinóis”, espetáculo com texto do americano Tennessee Williams e com direção de João Fonseca. Na peça, ele interpreta Butch, um prisioneiro que lidera uma rebelião na penitenciária, um misto de herói e de criminoso. Segundo o ator, Butch e Norberto são diferentes.

“A coragem de Norberto é, na verdade, covardia.”, afirmou.

Para compor o personagem, o ator seguiu as instruções do diretor Spinello. “Vi alguns filmes como “Hannibal” (de Ridley Scott) e “Veludo Azul” (de David Lynch) para pegar o clima do personagem, entender o ritmo o Edson está querendo”, revelou.

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