Autora de "Vidas em Jogo" "mata" personagem com HIV

Após a polêmica que envolve sorospositivos na trama da novela “Vidas em Jogo” da Record, a personagem Andrea (Simone Espoladore), uma das contaminadas, sofrerá um acidente de carro e morrerá no episódio desta terça (17).

Em entrevista ao UOL, a autora da novela, Cristianne Fridman, diz que há uma mensagem por trás da morte trágica da mocinha: “Ser soropositivo não é mesmo estar condenado à morte. Andrea não morre por ter o vírus HIV. Ela, como qualquer outro personagem do bolão, está com a vida em jogo. E a morte dela prova que Andrea deveria ter vivido intensamente, ao invés de deixar a vida de lado por ser soropositivo. Todos devem viver assim, intensamente, porque não sabemos quando a morte nos alcançará”.

Em contrapartida, numa entrevista dada ao UOL em novembro, Fridman disse que ter HIV não era estar condenado à morte. Isso porque, na visão dela, existem medicamentos, tratamentos, que dão qualidade de vida aos infectados pelo HIV. "Não sendo uma ‘pena de morte’".

Nos capítulos divulgados pela Record, Andrea sofre um acidente gravíssimo. O táxi em que ela está capota e logo vira notícia. Regina (Beth Goulart), a vilã da trama, assiste à TV e torce para que a milionária morra. De fato, a “mocinha” morre.

Em um jogo de vilanias e mentiras, quem é condenado à morte é o lado do bem da trama. Mas, de acordo com a autora, Andrea era somente a mocinha do momento porque todos os personagens apresentam os dois lados da moeda, o do bem e o do mal. “A trama de Vidas tem diversas mocinhas, mocinhos e vilões porque nenhum deles ocupa o tempo todo a mesma posição. Todos os personagens apresentam os dois lados da moeda”.

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